sábado, 17 de novembro de 2012

LUTA


LUTA


 

Só é válida a vida

De quem luta.

A luta

Sempre desigual

Com feridas profundas

Segue seu curso

Imprevisível.

 

Se acomodar

É ser levado

Sem brios

Sem glória.

 

A luta é sempre vitória

Mesmo na morte:

Os heróis

São os que mudam

A sociedade.

 

17/11/12

Tony-poeta

VIBRAÇÕES E PALHAÇO

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VIBRAÇÕES E O PALHAÇO


 

 

A prateleira de João tem uma coleção de palhacinhos como enfeite. Cada vez que se sentia angustiado comprava um novo.

 Dizia que ao se concentrar no palhaço, entender o mágico movimento do artista principal do circo conseguia guardar as vibrações negativas, e desfrutar das positivas; assim é a vida: Para convivermos temos que irradiar alegria e enterrar as vibrações desarmoniosas, até que nossa mente as dissolva. Assim é o palhaço, o seu riso e sua alegria faz com que as agruras da vida acabem por desaparecer.

Mas vibramos? Claro que sim! Todos vibram. Atualmente a ciência faz experiências com a prece, com evidencias de sua eficácia. A vibração existe e se propaga no ambiente, transmitindo mensagens boas ou más, de acordo com a pessoa e o momento. Todos conhecem pessoas amargas e negativas, que onde passam criam atritos, exatamente ao contrario do palhaço e sua função.

Considero o mundo em seu todo como orgânico. A vida não distingue animal e vegetal, apenas há mudanças de função; por uma razão muito simples: Viemos da mesma célula, o que mudou foi a maneira de vivermos no planeta inorgânico que invadimos.

Somos invasores do Planeta; todos os astros o que compõe nosso sistema são rochas. A terra é anterior à vida orgânica e se esta acabar, por qualquer razão, o planeta seguira seu curso, sem vida como conhecemos.

A vida quando se formou no planeta devia se alimentar de elementos presentes nas erupções vulcânicas. Acharam no ano passado, bactérias que se alimentavam de enxofre do acido sulfúrico do vulcão onde viviam, em sua cratera.  

Com a mudança de clima, a alimentação teve que mudar e fez a cadeia orgânica onde nascemos de vida morta, se alimentamos de vida, ao morrermos alimentamos outro tipo de vida e nossos dejetos orgânicos dão condições a novas vidas. Somos um sistema fechado que habitamos o planeta e inter-relacionados.

Os primeiros habitantes deste sistema, para se defenderem, buscarem comida e sobreviverem só tinham uma possibilidade: Vibrarem.

 A vibração foi o primeiro sentido da vida, obrigatoriamente; depois vieram as sensações táteis e térmicas [existe já nesta fase trabalhos em psicanalise], e só depois vieram os órgãos dos sentidos, bem desenvolvidos já nos insetos.

Isto leva a crer que toda a vida e sua sobrevivência inicialmente foi vibratória. É o primeiro de nossos sentidos. Não creio que a evolução destrua os sistemas não mais usados. Apenas os adormece e usa para outros fins, como na prece e no mecanismo de transferência da psicanálise, onde se desenvolve uma comunicação não oral.

Quem tem um cão em casa, pode perceber uma comunicação não falada e não gestual do mesmo, provavelmente está sendo usado, mesmo em mamíferos, este tipo de comunicação vibratória.

É por isso que creio que a vibração existe, e que tem que ser bem cuidada. Pode sim provocar desentendimentos e mesmo conflitos se mal usados. Temos que vigiá-la no nosso dia a dia, independente de termos ou não uma religião.

Para completar, observe uma torcida de futebol indignada com a derrota de seu time: Se ninguém der um basta, teremos destruição; uma verdadeira guerra, inclusive com mortes, e a comunicação não fez uso da palavra.

É melhor termo um palhacinho para olhar quando nervosos.

 

17/11/12


 

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Noite e você

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Noite e você


 

Acendem-se os lampiões

Mensageiros vêm vigiar.

Cai à noite em seu negrume,

Hora de repousar.

 

Se apagam corações

Trevas. O escuro enche o ar,

Não há recordações

Não existe nem o pensar,

A noite cobre o ser

Não há de que recordar,

- Noite reino do nada!

Só quero te encontrar.

 

16/11/12

www.tony-poeta.blogspot.com

 

 

 

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

muito simples


Muito simples

 

Era simples,

Não que andasse em andrajos,

Não que se submetesse a tudo,

Era apenas simples:

No gosto

Nos gestos

No vestir

No falar

Era muito difícil de ser entendido

O mundo é complicado demais

Pobre solitário.

 

16/11/12

Tony-poeta

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

POESIA - O QUE PENSO


POESIA – O QUE PENSO

Parte I

 

 

Sempre me preocupei em saber onde está a poesia. Hoje creio que: poesia é todo movimento da vida que se encontra de alguma maneira com a harmonia da natureza.  A vida de cada um tem momentos de poesia seguidamente, há poesia até nas situações mais aberrantes.

A poesia se faz a cada momento, o segredo é saber olhá-la. Como pretendo falar bastante sobre este tema, pois acho que o mundo está deixando de ver a poesia e, perdendo, portanto o encanto que deve ter a vida.

Como não há amar sem poesia, faço uma exaltação do amor.

Resumindo: a vida é composta de momentos de amor entre as adversidades, e estes compõe o lirismo da vida.  Vou neste primeiro momento tentar demonstra-lo por uma crônica aparentemente apoética, mas que na verdade encerra uma grande poesia:

Dorothy era um poço de vaidades, como secretária executiva de uma grande multinacional andava de nariz erguido e não se comunicava com a vizinhança; apesar de morar em um bairro de classe média, com vizinhança de posição social compatível com a sua. Era tida como uma pessoa amarga e esnobe.

Certo dia, devido à falta da empregada, que cuidava de sua casa, teve que sair com Tiffany, sua cachorrinha de estimação, que lhe fazia companhia nas noites solitárias.

Sendo horário de almoço, estava arrumada com mais esmero do que o habitual dos finais de semana. O cabelo com penteado impecável feito no mais luxuoso coiffeur, conjunto de roupa de grife e bem ajustada; joias autenticas combinando com a vestimenta, rosto pintado retratando bom gosto, com toda a técnica necessária; salto 15 e nariz empinado como de hábito.

Esta figura na verdade não combinava com a cadelinha agitada, que cheirava todos os cantos da rua, incluindo alguns detritos jogados. Certa hora o animal defecou.

Dorothy sem nenhuma reação de asco, com ar de compreensão e solidariedade abaixou e com um saco, colheu os dejetos expelidos e, os jogou no lixo. Nesta hora fez poesia.

Na hora que perdemos todos os melindres e poses, na hora que somos solidários com o ser que nos faz companhia e com nossa vizinhança, que não tem que compartilhar com nossos dejetos reais ou criados pela nossa absurda prepotência; na hora que com um sorriso nos integramos à natureza: é a hora que extravasamos o amor que existe dentro de nós, é nesta hora solidária e espontânea que existe a poesia. Todo gesto de amor em qualquer situação é poesia e, nos acompanha sem que nos que percebamos.

A vida nos seus momentos de ternura e amor é o que chamo poesia.

 

14/11/12

Tony-poeta.

 

 

terça-feira, 13 de novembro de 2012

uma vida


Uma vida


 

Muito pobre

Sentada à mesa

Reclamava da pobreza.

 

Ficou rica

Comprou cristais

Reclamava dos serviçais.

 

Perdeu tudo

Ficou amarga

Reclamou do mundo.

 

13/11/12

Tony-poeta

PENSAMENTO - FUTURO


 

PENSAMENTO – FUTURO

 

Todo instante estou no futuro

Todo instante programo o futuro

Todo instante reclamo:

-O futuro nunca chega.

O JOGO

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O JOGO


 

 

O Buraco do Pedrão tinha um campo de várzea. O time era afinado, costumava ganhar todos os jogos, se bem que a torcida adversária reclamasse que o Juiz era da comunidade e, a torcida local, muito agressiva. Na verdade não permitia torcedores do outro time. Um ou outro que tinha coragem de ir assistir o jogo ficava bem no meio de torcida do Pedrão e não tinha coragem de falar nada.

O Operários, apesar de ter um bom time jamais ganhara um jogo. Alegavam que além da torcida não comparecer, havia o problema das traves.

O goleiro do Pedrão era o Pedrinho, neto do fundador da comunidade. Era baixinho, tinha um metro se sessenta. Para não fazer desfeita à tão importante figura, resolveram o problema fazendo traves sanfonadas.  As traves feitas de tubos adaptáveis, que aumentavam e diminuíam conforme a necessidade. Assim, no gol do Pedrinho esta era diminuída, ficando do tamanho de uma trave de futebol de salão e a do outro lado ficava normal. No intervalo adequavam as traves.

Jurandir, goleiro do Operários não se conformava e tinha por birra vencer o Pedrão. Era ele que marcava os jogos do time. Como se sabe: jogo de várzea é marcado no boteco.

O ponto de encontro ficava entre as duas comunidades.

No ultimo jogo, Jurandir junto ao calção levou um tubo de cola de rápida secagem; no intervalo colou a trave aumentada de modo que a mesma não diminuísse. O jogo estava zero a zero.

A torcida do Pedrão ficou agitada, a diretoria não se conformava por não conseguir diminuir a trave. Como o jogo tinha que continuar; havia sido oferecida uma taça pelo Isaias, dono do boteco e este estava presente, deram inicio ao segundo tempo.

Jurandir, na primeira bola que pegou, valendo-se do seu forte chute. Era um homem de dois metros de altura e musculoso, bateu com toda a força em direção do gol adversário, chutando do próprio gol. Como o campo era menor, a bola chegou com facilidade rente ao travessão e Pedrinho não a conseguiu alcançar, já que era baixinho. Um a zero.

Trocaram o goleiro que saiu sentindo-se injuriado, colocaram um goleiro com maior altura, mas não adiantou o jogo acabou neste um a zero.

Foi aí que o juiz agiu. Expulsou Jurandir, proibindo-o de voltar a jogar no Pedrão. Anulou o gol alegando que gol de goleiro não vale; apesar de estar na regra: mas regras podem ser mudadas, e com a pressão da torcida local o time foi embora, enquanto a direção do time do Pedrão com uma lamina de bisturi removia a cola do gol que acabara de ser sabotado criminosamente.

 

Tony-poeta

13/11/12

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

O ROUBO - EU VI

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O ROUBO – EU VI


 

 

Uma senhora de trinta e poucos anos roubava grama num carrinho. Eu vi. Estavam fazendo uma praça, a grama acomodada em trouxas enrolados iria ser plantada. Ela roubava duas trouxas. Quando amanheceu notei que faltavam trouxas, e lá se iam mais duas. A senhora estava bem vestida, e empurrava um carrinho de pedreiro. Iria completar o gramado.

O vigia, um pobre homem, mal vestido morava num prédio semi acabado, e sem conforto nenhum, estava empregado para vigiar. Eu sabia. Correu gesticulando que não podia roubar, tinha dono.

A senhora bem vestida xingava-o de vagabundo e tentava continuar a roubar. Eu vi, até que abandonou as trouxas e, o homem as levou para o lugar devido.

Pouco depois, eu vi de minha janela chegar a policia. A policia falava com o pobre vigia que não se intimidando buscou a carteira de trabalho. Desci revoltado.

O vigia já havia se retirado quando cheguei. Lá estavam dois policiais, mais um homem bem vestido; um outro já se retirava com uma cara bicicleta de alumínio. Só olhei. O policial perguntou da faca. O porteiro que via a cena indignado falou está aqui. Falavam mal do vigia. Eu olhava e ouvia.

O policial pediu o documento para o homem da faca. Ia colocar no relatório. Este falou que não portava.

O policial perguntou se sabia o numero do RG. Este falou. O policial anotou, sem acesso ao documento. Eu vi. Falaram novamente mal do vigia. Intervi:

- A mulher estava roubando. Eu vi. Ela é ladra.

- Não, falou o homem bem vestido, é minha irmã. Ela é doente mental.

Pensei comigo, doente mental empurrando carrinho, roubando grama.

- O vagabundo cuspiu nela, reforçou o homem.

O guarda concordou com a cabeça.

Como ninguém viu, pois só vi os dois, reforcei:

 - Mas estava roubando, eu vi.

- O guarda falou:

- Estamos resolvendo com um acordo,

O homem saiu de fininho diante do meu testemunho.

- Não vai prejudicar o vigia. Anote meu documento, falei.

Outra viatura que passava parou para dar apoio.

- Precisa de alguma coisa: perguntou o guarda que chegava ao que atendia.

- Não! Só um individuo dando problemas, falou.

- Foi à mulher que roubou, eu vi. A quem vocês se referem está trabalhando.

- Vamos resolver numa boa, entrou na viatura e saiu e a outra também.

Só então reparei que eu estava com um calção de marca que ganhei no Natal.

Quem manda o vigia ser pobre. Rico pode roubar, pois o ladrão é o outro. Se outro rico, de calção de marca, acusar a ordem é ir embora.

Prisão, só para mal vestido, vagabundo é o mal vestido.  Será que é a ordem?

Eu vi ontem.

 

13/11/12

Tony-poeta

 

 

 

REFLEXÃO

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REFLEXÃO


 

 

Manhã nublada

Mata,

Reflexão.

Nevoa úmida

Folhas melancólicas

Reflexos do mar...

Segredos...

Alma pensativa.

Recolhimento

Pleno de natureza

Fusão de amor.

 

12/11/12

www.tony-poeta.blogspot.com

domingo, 11 de novembro de 2012

pensamanto 11/11/12

PENSAMENTO

 
 
O QUE MAIS ME ESPANTA
É O SER HUMANO.
ESTE SER QUE ALÉM DA FALA
CRIOU O FUTURO.
ESQUECENDO-SE MORTAL
VIVE DANDO TROMBADAS NA VIDA
SE PENSANDO ETERNO.
 
11/11/2012