sábado, 21 de dezembro de 2013

VAZIO E FANTASIAS

VAZIO E FANTASIAS
IMAGEM GOOGLE


Preencho o vazio de meu ser
Com fantasias as quais faço mover
Com elas realizo um ideal
Uma musa ou um Deus imortal.

Como me completam: as amo!

Fantasias que formei do nada
Com contornos alucinados
Que no fim tornam-me escravizado.

Balanço entre o real e fantasias
Nelas traço o rumo da poesia.

21/12/13
Tony-poeta


sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

FANTASMAS

FANTASMAS


Noite
Miam gatos
Se amando.
Uivam cães
Chorando
Olho a lua
Lembro de ti.
Saudades.

21/12/13

Tony-poeta

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

FESTA

FESTA


A lua
Enorme bexiga branca
Faz festa no céu
Continuamente
O humano
Com sua carranca
Empilha tijolos
Diz construir o mundo.

19/12/13

Tony-poeta

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

CRUZAMENTOS

imagem Google

CRUZAMENTOS


Caminhos entrecruzam
Lágrimas rolam:
Alegria dos encontros
Dor das despedidas.
O que passou:
Sempre presente
E, ausente no agora
Ponteiam saudades.

Na rota do novo
Sempre com a alegria
Dos encontros
Sempre antevendo
As despedidas.

E a rota segue
Com caminhos que cruzam
Na cruz da vida.

18/12/13

Tony-poeta

BIOLÓGICO

BIOLÓGICO


Sou antológico
Ecológico
Biológico
Que apenas busca o amor
Sempre ilógico.

Tony-poeta

18/12/13

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

REJEITADO

REJEITADO


Nelson entrava no Hipermercado quando viu Soninha.
- Que saco! Está acompanhada, pensou alto.
Insinuou-se entre as prateleiras para observar melhor.
- Está com aquele shortinho vermelho, fica um tesão.
- O carinha também está de calção vermelho, até que não é mal, ta combinando, é meio bordô.
- Mas que cara fraco, magro. Porra! Como pode sair com um cara destes?
- O nariz parece que aponta para o chão, Puta cara feio! Olha a camisa, de loja de atacado, feia até! Chinelo de dedo, de borracha!
- Que cara insignificante! Ela continua uma gracinha. Que gata!
- Compraram um vinho. Dá para ver que é Nacional, que cara duro, de chinelo de dedo comprando vinho Nacional.
- Que bosta! Ainda vão ficar juntos!
Nem lembrava mais o que ia comprar, foi até o carro e ficou olhando.
- Vão sair de moto. De chinelo? Que pobretão!
- Nossa que pobreza! Uma 125 e eu com um carro zero com computador de bordo.
Saíram do estabelecimento e ele atrás, tinha esquecido o que ia comprar.
Havia uma vaga na loja onde comprava roupas, parou de seguir e estacionou.
Entrou na loja e foi perguntando:
- Tem short vermelho?

Tony-poeta
17/12/13



ETERNIDADE

ETERNIDADE


Aquele que não crê em uma vida futura, nem em um pensamento holístico, julga-se imortal.
Como imortal não tem de prestar contas a ninguém, ele mesmo se basta.
É exatamente aí que comete todas as barbaridades, tentando burlar a sociedade a que pertence. O único castigo que lhe pode ser imputado é o das leis humanas.
Como o simbólico está vago, aquele lugar onde entraria Deus ou a Natureza, e na impossibilidade do vivente abandoná-lo, a solução é substituí-lo pelo Capital.
Como o Registro simbólico é o mesmo da fala e por metonímias sempre leva a um novo registro de maneira inesgotável, a “religião” do dinheiro ou capital nunca se completa, sempre inflando, buscando cada vez mais.
É neste momento que ele se torna individualista, abandona completamente a ética e deixa de existir a alteridade; sendo o Outro um objeto qualquer a seu dispor.
Há necessidade de novas formas do Registro simbólico, caso contrário a humanidade corre sério risco de auto-extinção.
O dono do capital também morre.

17/12/13

Tony-poeta

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

PAPAI NOEL E SEU AMIGO

PAPAI NOEL E SEU AMIGO


Silvinho tinha quase quatro anos. Valter seu vizinho o jogava para o alto, até o alçapão no forro da velha casa onde morava. Silvinho ria sem parar.
- É por aí que entra Papai Noel, dizia
Silvinho olhava e imaginava apenas:
- Quero ver Papai Noel
Isac morava na mesma casa e todo dia subia até o forro:
- Este velho vai cair falava Valter.
- Vai conversar com Papai Noel, pensava Silvinho. Tem o cabelo branquinho.
Silvinho dormia pensando no Isac, irmão de papai Noel.
- Ele guarda todo dinheiro lá, falava Rodolfo, irmão de Valter.
- É para comprar o cavalinho, pensava Silvinho.
Isac morreu dormindo. A família subiu ao forro para procurar o dinheiro. O madeiramento velho rangeu todos desceram.
- Está muito perigoso, falou Rodolfo.
- Não tem presente do Papai Noel, pensou Silvinho com carinha triste.
Juntaram todos os parentes e foram destelhar a casa.
- Papai Noel já pode entrar pelo buraco.
- Vamos gastar um dinheiro que não temos para refazer o telhado. Acho que o velho Isac não tinha nenhum dinheiro.
- Deu pro Papai Noel comprar o cavalinho, falou Silvinho e ficou com uma carinha alegre esperando o presente.

Tony-poeta

16/12/2013

DIREITOS E LIMITES

Direitos e limites


O direito de um não pode ultrapassar o direito de outro. A regra impõe claramente um limite, ou seja, uma regra. No caso uma Ética.
A grande pergunta que fica é quais são os nossos limites?
Somo seres de um ecossistema, portanto já estamos limitados. Vivemos na superfície sob ação da gravidade, sem asas para voar e sem condições de habitar sob a terra que nem as minhocas. Somos, portanto limitados a superfície. Pertencemos a uma cadeia alimentar, alimentamo-nos de seres vivos e tentamos não sermos atacados por outros, vírus, insetos, bactérias e predadores, estes limitados a regiões remotas.
Ao nos alimentarmos temos que tomar cuidado para não quebrar a cadeia alimentar que rege o planeta, caso contrário teremos escassez ou mesmo falta. A alimentação tem que ter a sabedoria de ser justa, ou seja: Ética.
Dentro de nossa casa temos que conviver com os demais elementos: esposo [a], filhos [as], agregados, cachorro, gato e assim por diante, convém lembrar que cada um ocupa seu espaço, tem seus próprios limites e independência do pensar. Temos ainda que conviver com os limites dos eventuais: parentes e visitas, pessoal que vai fazer a manutenção: empregados, eletricistas, pintores e assim por diante.
Ao ir ao trabalho, ou estudo ou mesmo na diversão temos que conviver com os limites de quem pega a mesma condução, ou dos outros veículos do transito, de quem frequenta as ruas. Chegando ao trabalho temos que nos limitar a nossa tarefa especifica, aos horários programados, aos colegas, aos clientes e fornecedores.
Como podemos ver nossas limitações são muitas, cada quebra determinará uma invasão indesejável e uma invasão de direitos.
Numa sociedade capitalista e de consumo esta invasão vai refletir nos bilhões de refugiados e famintos, na destruição da natureza com seu aquecimento global. A miséria que espalhamos agora acabará em se refletir em nós mesmos, já que a natureza também faz parte dos limites do humano. É aí que está o tão propalado risco de extinção da espécie, que é real.
Por outro lado, esta invasão trás uma reação lógica dos prejudicados gerando violência em forma de guerras, crimes, assaltos e mesmo discórdia no meio que nos cerca.
Esta sociedade utópica onde se respeitará o espaço de todos é uma sociedade Comunista obrigatoriamente. Não há ditadura, mas divisão de espaço.
O que temos que ter em mente é que nosso espaço realmente é muito pequeno e cabe a nossa inteligência viver o melhor possível dentro dele, sem atritos.
Fora isto nunca haverá Ética e Justiça e teremos eternamente uma sociedade instável com guerras e neuroses generalizadas.
Curtamos nosso espaço restrito, Eticamente.

16/12/13
Tony-poeta


domingo, 15 de dezembro de 2013

REFLEXÃO

REFLEXÃO


Sou um nome
Apenas uma passagem
Mais nada.
Um nome que veio ao mundo
E dele certamente irá se despedir
Tornando-se cinzas
Jogadas a terra ou ao mar
Indiferente
Tento entender a vida
Mas, se a vida é para viver.
 Como viver sem entender?
Vivo.
Não entendo a vida
Apenas passo indeciso sempre.

16/12/13
Tony-poeta