sexta-feira, 4 de março de 2016

Pé direito. Pé esquerdo,

Kronos

PÉ DIREITO. PÉ ESQUERDO.

Pé direito.
Pé esquerdo.
Bate forte...
Leste. Oeste.
Sul e Norte
Tenho a vida
Tenho a morte
Na luta pela Nação.

Pé direito.
Pé esquerdo.
Bate forte
Vence a opressão
Vence a fome
Não admite humilhação.

Pé direito.
Pé esquerdo.
Bate forte!
Sangue e linfa
Vasos que correm
De dentro do coração
Defendendo a Constituição.

Pé direito.
Pé esquerdo.
Bate forte...

Tony-poeta

04/03/16

ALETHEIA

ALETHEIA
Louis Breton [1863]

O ser humano, desesperado por alimentos, busca. Busca verdades ocultas sob os véus do próprio desconhecimento. A mesa farta e a penúria andam juntas.
Heidegger, Lacan seguindo os antigos gregos destacaram o véu de desconhecimento que cobre a palavra Aletheia: Que mais é o homem, este ser de curtíssima vida, apenas efeito de um processo do Planeta, que na efêmera passagem busca alimento e amor?
Este véu se abre e fecha com verdades momentâneas e forjadas apenas refletem a ânsia de domínio dos objetos que aqui estavam desde o início da Terra e ficarão, modificados ou não, mas sempre objetos, na hora que o ser movente volta a ser um torrão inerte pertencente ao solo.
Na agressão: própria do Universo que caminha para o isolamento, destruição e reconstrução, o individualismo espalha a fome e a miséria, sempre repudiada pelos que a provocam e temem, sempre presente nas multidões que se movem sem Pátria ou território, apátridas no Planeta proibidos de desfrutarem o que o mesmo oferece a todos.
Grandes líderes são destruídos pela ânsia de Midas destes irracionais que querem que tudo se transforme em ouro para uso próprio e que o restante rasteje como escravos para louvarem sua grandeza forjada.
O véu cobre e descobre os seres alucinados que se julgam eternos a cada movimento espalha morte e penúria. Pobre do líder que quer justiça! Os véus primitivos, puramente instintivos de uma animalidade sempre presente e nunca abandonada, fará que os masseteres façam os dentes ranger em uivos de guerra, as garras se mostrarem e a destruição antes coberta por uma frágil rede de poder, se insurgir com destruição para quem tentou reconstruir o bom senso, diminuir a penúria e tentar uma igualdade utópica nesta matilha irracional que se julga culta, [tanto é que até usa conceitos que desconhece,] e como manada caminham para se jogar no abismo da necessidade.
Assim, a sociedade humana, que queremos racional, volta as savanas que secam e vicejam imutavelmente no ciclo de destruição e volta ao início.

04/03/16
Tony-poeta