sábado, 1 de março de 2014

tempo é repetição

Tempo é repetição

É o velho renovado
O espaço é união
Que sempre inspira cuidados
E neste modo atrapalhado
Passo a vida ocupado.

01/03/14

Tony-poeta

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

OPÇÕES

OPÇÕES


As opções são assim
Ou me encaixo no mundo
Ou o mundo
Se encaixa em mim.

Sendo assim...
Para que correr
Se de um jeito ou de outro
Algo vai acontecer?

Se a vida é um quebra cabeças
As peças desencontradas
Se não se encaixam
Elas acontecem
E resolvem a charada.

Signos não são capazes
Precisam se apoiar
Como signo que sou
Espero um dia encaixar.

28/02/14
Tony-poeta
Imagem Google.



VOCÊ MUDOU

VOCÊ MUDOU


Mudou de jeito
Mudou os trajes
Seu pensamento
Também mudou
És outra gente
Outra mensagem
Certamente
Você mudou.

Mudou o sorriso
O olhar meigo
Também a umidade
Que tinha nos lábios
Doadores de beijos.
Mudou o andar
O teu rebolado
Mudou o salto
Pareces maior
Para flutuar.

Olho, não te reconheço
Não és a menina
Do nosso começo
Somente te vejo
Na ilusão desfilar
Esqueceu o amar?

28/02/14
Tony-poeta
Imagem Google


quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

TEMPO É DINHEIRO E O SIMBÓLICO

TEMPO É DINHEIRO E O SIMBÓLICO.

                                                                         
Nos diversos povos que habitam o planeta, os Orientais valorizavam mais o Espaço e os Ocidentais o tempo. Nos Povos da América e África, pelas condições do ambiente era proporcional. O que mais chamava a atenção é que o culto aos ancestrais em todos eles preenchia o simbólico. No velho testamento a genealogia é relatada minuciosamente e o culto aos mortos é ponto alto da sociedade.
Os Orientais o culto e o respeito aos mortos é destacado. Na África toda a religião se divide na ancestralidade e nas Américas, o culto aos mortos lembra em muito o Oriente.
Com a revolução Industrial e o desenvolvimento do Comercio no Ocidente, juntamente com a quebra da proibição da usura na Reforma Protestante, o dinheiro começou a ter maior valor.
No final dos anos 60, com o Capitalismo dominando praticamente todo o Planeta, o dinheiro assumiu o valor simbólico antes ocupado pela ancestralidade.
Com a infeliz frase: “tempo é dinheiro” o símbolo de papel ocupou praticamente todo o Planeta. Passou a ser o objeto “fetiche” do desejo.
O espaço, a casa, passou a ser o local onde se exibe grandeza monetária e obrigatoriamente deve ter liquidez para a venda e se valorizar para tanto. As disposições de objetos que remetiam a tradição e as fotos dos ancestrais foram paulatinamente abolidas.
O tempo deixou de ser o espaço de encontro, lazer e reforço da tradição para ser um espaço a ser vencido pelos progressos das Ciências e a astúcia individual de cada um, com suas artimanhas para ganhar dinheiro de qualquer forma, mesmo ludibriando quem estiver próximo independente do grau de amizade ou parentesco.
O êxodo rural se fez intenso, tanto pelo baixo ganho em pequenas lavouras, como pelo alto custo de sementes modificadas e inseticidas, que como nome diz, envenenam o meio ambiente. Enquanto a Natureza era atacada a população mudou para as cidades, como uma multidão de garimpeiros buscando o papel divino a qualquer custo.
Não havendo regras e valendo qualquer artifício pelos pedaços de papel, os crimes tornaram-se a norma: todos querendo levar vantagem, do mais humilde ao cidadão mais rico.
Toda tradição simbólica passou ao símbolo monetário. O espaço passou a ser um objeto de compra e venda e o tempo ficou atrapalhando até um dia ser ultrapassado, como todos esperam.
A sociedade se desorganizou e toma um rumo desconhecido, ou em busca de novos valores ou buscando a segurança do modo antigo, já tão distante.
Na verdade estamos em tempo de mudanças e, até estas se equilibrarem o mundo está mais inseguro e muito pior. Tomara que as próximas gerações consigam logo estabilizarem a sociedade dos homens.
28/02/14

Tony-poeta

GRAVIDEZ DE ALTO RISCO

GRAVIDEZ DE ALTO RISCO


Bia era terrível, com quinze anos, corpo de mulher só andava onde não devia. Baile funk, aglomeração, barzinho e lá estava ela.
Dona Maria, após ficar viúva, veio para a cidade. Ela e os cinco filhos, Bia a caçula. Todo mundo arrumou emprego, menos a moça. Eles trabalhavam e a moça aprontava.
A cidade conhecia a fama; o conselho tutelar desistiu, o delegado deu um pito e não adiantou nada, e a adolescente continuava sem controle.
Engravidou. Levada ao Pré Natal, a mãe pediu para a médica colocar a problemática criatura no Grupo de Gravidez de Risco.
- Não precisa mãe, ela tem o corpo avantajado e tudo formado, a gravidez vai ser normal.
Todo mês a mãe insistia na Gravidez de Risco e a médica calmamente explicava a senhora que não era o caso. Dona Maria sempre saia inconformada.
- É gravidez de risco, sim!
Foi parto normal, uma criança bonita em peso e altura correta.
Um mês depois a médica encontra Dona Maria que começou a falar:
- Não falei doutora, era de risco.
- Não, nasceu normal, não foi?
- Mas era de risco sim, Bia engravidou de novo na dieta.

27/02/14
Tony-poeta
Imagem Google


LINHA DA ESPÉCIE.

LINHA DA ESPÉCIE


A linha da espécie
Nós mesmos traçamos.

Não há destino...
Apenas reflexos.

Em duros amplexos
Envolvemos o futuro
Na sombra do passado.

E o choro previsível
Só é possível
Pelos momentos desprezados.

Caminhar...
Sempre há uma estrada
Aberta no passado
Por nós mesmos.

27/02/14
Tony-poeta
Imagem Google




quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

TEMPO E NÓS

TEMPO E NÓS


Capturados pelo tempo
Somos passado
Com ilusão de presente.

Cada momento
Somos um lampejo
Lampejo de nova gente.

Apenas mudamos
E o tempo passa
Lento indiferente.

26/02/14
Tony-poeta

Imagem Google

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

AQUARELA DA NOITE

AQUARELA DA NOITE


A aquarela da noite
Pintada pelos poetas
Busca a musa fugidia.

No breu eles pintam flores
Para perfumar estrelas
E fazer grinaldas.

No vazio
Pintam notas musicais
Metamorfose em menestrel
Onde clamam a lua
Para que acorde a amada...

E,
Os poetas vivem a noite...
Mas
A musa apenas dorme.

24/02/14
Tony-poeta

Imagem Google

domingo, 23 de fevereiro de 2014

OS BARDOS

OS BARDOS



Bardos
Recitam poemas
História de deuses
Historia dos homens.

No leito da vida
No leito da morte
Os bardos recitam
A história do mundo
A história dos homens.

Ente fumaças
Mandalas
Incensos
Traduzem a fala
De Deus para o homem.

No canto da sala
Os Deuses presentes
Escutam na voz do bardo
A fala dos homens.

Os bardos
Explicam a vida.

23/02/14
Tony-poeta