sábado, 29 de dezembro de 2012

2012


2012


 

Sociedade de mortais

Todos viventes são iguais.

 

A sociedade humana

O homem inventou

Ele próprio complicou.

 

Sendo todos iguais

Temos que ser imortais

Ter o nome nos jornais.

 

Para compensar a finitude

Temos que ter atitude.

Pelo menos por um instante

Devemos ser importante.

 

Rei de Espanha é importante

Matou um elefante...

 

29/12/12

Tony-poeta

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

CAIXA VAZIA

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caixa de Pandora

CAIXA VAZIA


 

Deitado estava na angustia humana, na procura louca de amar, e entre desenganos e ideias insanas, pensava em círculos a procurar.

A noite escura e quieta formava fumos de desilusões no ar, minha mente vadia vagava em brumas procurando o modo preciso de amar.

Súbito, entre as fumaças, uma forma estranha, um gênio louco apoderou-se do ar, em forma bizarra fez-se presente, era humano-duende que sabia falar:

- No nada, junto à caixa de Pandora, uma caixa vais achar!

E em brumas dissolvidas, o gênio quase humano dissolveu-se no ar.

Como entrar no Nada e Ser vivo? Como será este louco viajar?

Mas a mente que ama, tem ouvidos, que ouve o que inda não aprendeu a se falar, e pelo Reino dos Sonhos fui envolvido, por estranho cone que entrava em nenhum lugar e levava, não sei como para adiante, no Reino que não tinha nada para olhar.

Foi fácil achar duas caixa neste reino, que não tinha mais nada para mostrar. Olhei as duas caixas, indagativo. A de Pandora não podia nem tocar, mas uma caixa envelhecida e acanhada, que parece que ninguém nunca pode a tocar, era com certeza a caixa do nada, que se encontrava a me esperar.

No Nada é fácil de ver a vida, difícil é de lá voltar, pois a ausência de estímulos humanos nos faz como ébrios repousar.

A missão tinha de ser cumprida e ao cone pude voltar. Abri a caixa, enchi de sentimentos e fantasias, fechei-a novamente, pronta para ofertar.  

Quando a amada, cada vez que a abrisse, dela sairia uma poesia, que como humano eu jamais poderia declamar, dada a perfeição que desta mistura se fazia, de sentimentos e fantasias, na perfeição do amar.  

Pelo mundo barulhento em que vivo; cheio de afetos contraditórios e sonhos ilusórios: levo em minhas mãos o presente, procurando a amada, para ofertar.

 

28/12/12

Tony-poeta

morrer


Morrer

É escorregar do tempo

Cair ao relento.

 

Tony-poeta.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

calor....ufa!!!!!!

calor....ufa!!!!!!
 
 
Falta uma árvore em frente minha janela.


 Meu cão, o Lacan, foi dormir no ar condicionado,

 Durmo com ventilador, uma tal de rinite, SABE?

 Creio que hoje se formou uma sauna.

 Vou jogar essência de eucaliptos no quarto...
 

 BOA NOITE


RITINHA QUEBROU

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RITINHA QUEBROU


 

 

- Malu cadê a luminária de ler o jornal? Perguntou Gustavo.

- Ritinha quebrou, bateu o cabo da vassoura. Eta moça desastrada!

-Mas quebra uma coisa por dia, falou Gustavo chateado.

- É de confiança Guga, não se arruma outra igual.

Dias depois, depois de muitas quebras, Gustavo liga o som. Nada.

- Malu, o que houve com o som?

- Ritinha deixou cair uma garrafa e quebrou.

- Mas que moça!

- É de confiança. Não se arranja outra.

Mais alguns dias.

- Ritinha também quebrou a TV, Malu? Tem jogo do Palmeiras.

- Quebrou sim, ao passar o espanador, riscou a tela de plasma. Não apareceu mais nada.

- E o jogo?

- Olha no computador, mandei a desastrada embora.

- Você dirige a casa, mas ela fez por merecer.

Dia seguinte:

- Malu passa o amendoim...

A esposa, sempre agitada e distraída derrubou a tampa da bomboniere de cristal, esparramou cacos por todo lado.

- Me distraí Guga, já vou varrer.

Dia seguinte, não consigo ouvir musica, ponho esta porcaria na orelha e não toca nada.

- Não sei não Guga, acho que a Ritinha também quebrou.

- Usei ontem Malu. Está rachado.

- Acho que caiu, eu estava limpando. Nem notei.

Dias depois Gustavo chega do trabalho, Ritinha está na cozinha.

- Malu, a Ritinha voltou?

- Tadinha Guga, tem três filhos, precisa do trabalho e é de confiança.

- Na casa não me meto. Mas tem visitas hoje?

- A Luli e o Junior vem bater um papo conosco, Ritinha já arrumou tudo.

- Não estou vendo a garrafa de Uísque que Mister John nos presenteou, aquela de trinta anos de uso familiar, prometi abri-la para o Junior.

- É incrível Guga, quando Ritinha arrumava o carrinho de bebidas, ela caiu e quebrou.

 

27/12/12

Tony-poeta.

 

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

retorno e retrato

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RETORNO E RETRATO


 

Não jogues fora meu retrato,

Não adianta, não vai adiantar,

Não é por desfeito nosso trato

Que vai o amor assim terminar.

 

A brasa fica sempre acesa

Pronta a de repente incendiar

Se não tem face, com certeza:

Novamente outra irá formar.

 

Não creia que este rosto apagado

Jamais irá ressuscitar

A fera em bote calculado

Certeira vai recapturar.

 

Ponha perfis num relicário

A foto e momentos de amar

Que passada a dor do calvário

Por certo irei te procurar.

 

26/12/12

Tony-poeta

O PATINETE VERMELHO

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O PATINETE VERMELHO


 

Dia 25 de dezembro de 1952, com sete anos de idade saí, como todas as crianças da vizinhança, para exibir o presente de Natal. Ganhávamos um presente só, eram tempos de crise política e econômica no País e a oferta de brinquedos muito limitada.

Na verdade queria uma bicicleta. Era bem mais cara que o Patinete Vermelho com que fui presenteado, mesmo sendo um fator limitante, não creio que tenha sido o preço que motivou a preferência pelo referido presente. O Patinete oferecia menos risco de acidentes. Explico:

Dona Déa, minha mãe nunca teve experiência em criar filhos, sua mãe morrera quando tinha sete anos e, além da falta de contato com recém-nascidos, não tinha a quem recorrer, já que do lado de meu pai, minha avó morava na Fazenda da família em São João Novo, próximo a São Roque, e além de se idosa e não era muito afetuosa com minha progenitora. Minhas tias paternas moravam também no Sitio e, também não se davam bem com minha mãe. Meu pai caçula e temporão, supermimado e de família de posse, casara com filha de imigrantes pobres. Causando certo afastamento e pouco contato.

Da parte materna, a família vivia em Araraquara, também de difícil convívio devido a distancia, as viagens eram de trem e demoradas.

Quem acudiu quando nasci foi minha Madrinha Maria, vizinha de meus pais, que já criara o Silvinho e sua filha Maria Ângela nasceu no mesmo ano. Creio que sobrevivi devido a ela.

Quando mudamos para Alameda Lorena, o contato com a madrinha ficou mais difícil e fiquei sujeito a meu pai e minha mãe. Dois pensamentos diferentes. Ele leitor de Platão, acreditava que a criança já nascia com conhecimento de outra vida e, deveria desenvolvê-lo aos poucos, seguiu da própria cabeça a seguinte orientação: Ele aprende tudo por si e por sua experiência, devo fornecer o mínimo de orientação, já que ele já sabe. Fez minha mãe ler a República durante minha gestação, o que duvido que tenha obedecido, e evitava falar de seus gostos; como estava aprendendo a ler, me oferecia os livros que encontrava, para que eu os lesse e aprendesse sem erros por eles.

Isto fez minha mãe insegura. O medo que me machucasse e fosse responsabilizada era grande, lembro-me que: alguns meses antes; fomos passar um final de semana em Atibaia. Havia uma árvore que todas as crianças que estavam na Estancia Lince subiam e desciam, o primeiro galho era quase rente ao solo e permitia que o vegetal fosse escalado.  Fui proibido por segurança e, o pequeno homenzinho de calças-curtas ficou só a olhar.

A bicicleta deve ter provocado calorosas discussões, até que apelaram para o Patinete, o qual estreava no dia 25.

Dia seguinte, como parte de minhas obrigações, creio que também retiradas da leitura de Platão e, rigorosamente cobradas, fui buscar o pão. A padaria localizava-se a cerca de quinhentos metros, peguei meu veiculo e fui buscar o filão. O pão era chamado na época de filão, era uma baguete atual, com mais miolo e mais larga, o suficiente para uma família de três pessoas.

O pão era embrulhado em papel de padaria, que mal o acomodava, não forneciam saquinhos de papel para aquele tipo de mercadoria. Sabia que não podia colocar o pão no sovaco que era anti-higiênico, apesar dos franceses assim o fazerem, mas já havia sido repreendido por isso. Não dava para leva-lo segurando o patinete com uma mão, o pão mal acomodado com outra e dando impulso com os pés. A solução foi voltar segurando responsavelmente o pão com uma das mãos, o patinete com a outra e andando, torcendo para que ninguém me visse e fizesse gozação.

Não lembro que fim levou o Patinete Vermelho, mas até hoje não sei andar de bicicletas ou subir em árvores.

 

Tony-poeta

25/12/12

 

O JOGO


O JOGO


 

Tentou a sorte no Cassino

A sorte do cassino é sempre da banca.

Nunca tente a sorte

Siga o coração

Coração não joga

 

25/12/12

TONY-POETA

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

CONFRATERNIZAÇÃO

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CONFRATERNIZAÇÃO


 

Todos tem um carro

Andam na rua

Faltam ruas

 

Todos tem um celular

Falam no celular

Andam solitários

 

Todos tem um amor

Encontram com seu amor

É festa.

 

24/12/12

Tony-poeta

 

domingo, 23 de dezembro de 2012

É NATAL


É NATAL


 

Na transição entre hoje e amanhã comemoramos o Natal Cristão.

O Menino na Manjedoura, cercado pelos animais do estabulo reforça a mensagem anual, para que todos Cristão ou Não Cristão, façam uma reflexão.

O nascimento é a imagem da vida. Não do começo, mas da continuação da vida no Planeta. O menino acomodado na maciez do capim, cercado por gente e animais, nos diz que a vida é a continuidade. É a ponte do ontem para o amanhã. É a harmonia da criação, deste sopro chamado vida que nos sustenta.

Somos fruto de uma geração que desconhecemos, e geraremos uma geração que ignoramos, somos um elo de passagem, como é todo Planeta.

É nesta hora que devemos refletir que só domando nossa agressividade, amando tudo que está ao nosso redor, vegetal, animal, enfim tudo que vive, é que seremos plenos e poderemos ser felizes.

O Menino nos faz refletir para uma vida Holística, para que comecemos um novo ano de Paz, Harmonia e Digno de ser Vivente.

FELIZ NATAL

Tony-poeta.