sábado, 25 de janeiro de 2014

FONTE E MAR

FONTE E MAR
poesia visual Google. não cita autor.


Quando acabrunhado
Sozinho... Isolado...
Quase a ponto de chorar
O coração do poeta
Solta versos apaixonados
Mostrando que a vida é amar.

Poeta é fonte
Água que inicia
O trajeto a cantar
E quando no mar se espraia
Canta! Retira-se da praia
Volta à mina jorrar.

Poeta:
É fonte
Poeta:
É mar.

Tony-poeta
25/01/14



sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

FOLHA SECA

FOLHA SECA
imagem Google



Caiu uma folha seca
Ares de despedida...
Assim é a vida:
Morte e recomeço.
Ninguém é importante
Sendo apenas instante.
Se há pouco, viçosa
Atrevida e graciosa
Era um ramo cantando amor
Agora empalidecida
Dá espaço para a vida
Na voz de novo tenor.
Nada é insubstituível
Neste mundo removível
De morrer para nascer,
E eu, poeta transitório
Vivo neste mundo ilusório
Tentando cantar o viver.

24/01/14
Tony-poeta



quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

MAS QUE CALOR!

MAS QUE CALOR!
imagem google


Até que a ida, ao nascer do sol, ao meu trabalho em Bertioga foi suportável. O pior de tudo foi à volta ao Guarujá, o sol estava escaldante.
Já na balsa liguei o rádio: - Sensação térmica de 45º em Porto Alegre!
Pensei com meus botões:- O sul recebe vento dos pólos, o Pólo Sul deve estar pegando fogo!
Segui pela bucólica estradinha. Há um quilometro havia uma equipe de voluntários oferecendo um copo de água gelada aos motoristas. Gostei da ideia, peguei um copinho. Esta gentileza repetiu-se de quilometro a quilometro.
Cinco quilômetros andados e me deparo com uma espécie de lava – rápido que ocupava as duas pistas e borrifava água nos carros. Explicaram que era para diminuir o reflexo de calor da Zona crítica. Não explicaram o que era tal zona.
Passado o banho do automóvel, o calor estava infernal. Isto foi o que me motivou atribuir os tridentes que substituíam as placas de sinalização.
Comecei a me preocupar, quando uma imensidão de cactos retirantes começou a se alojar no acostamento, como que fossem fazer um campo de refugiados. Parecia até que era uma mudança.
Logo a seguir notei que os cães do caboclo Leonardo se reuniram e estavam tentando ladrar que nem os Chacais; até levantavam as orelhas para dar autenticidade à função. E os urubus, em grande numero na região, começavam a tomar a postura de abutres.
Quando vi os cavalos do velho Justino se encolher e formarem corcovas, que nem os camelos tive a certeza da mudança do clima.
Ao pegar mais um copo do gelado líquido achei estranha a roupa da moça que o oferecia. Logo identifiquei: Ah! Uma odalisca.
Minha dúvida aumentou: - Será que ainda tenho o apartamento? Será que estou morando numa tenda árabe?
- Até que seria bom, pensei comigo. Chegaria à tenda e seria recebido por um grupo de alegres Odaliscas executando a dança do ventre. Outras dariam todo o tipo de caricia e me acomodariam a mesa de pratos Árabes que adoro. Frutas e bebidas geladas, um som reconfortante ao fundo, muita paz...
Foi quando um bando de beduínos deu uma batida na estrada. Estavam motorizados e tinham o distintivo da PM. Separou quem não era do local e retiveram os intrusos: motos e carros. Felizmente tive passagem e logo mais, já em meu apartamento, sem nenhuma alteração, corri a geladeira.
23/01/14
Tony-poeta



QUADRO

Picasso gravura

QUADRO


Quando dou conta da solidão
Procuro nos sonhos
As moças bonitas
Que me fazem carinho
E me enchem de amor.
Minha visão é como um quadro
Onde recordo os vai e vem
Que tecem a vida.
Porém:
Um quadro é um quadro
Parado na parede
Quero movimento:
Movimento dos sonhos
Da vida que ansiava viver
[Talvez tenha até vivido e não notado]
Quero a vida real
Nem que seja retorno
Que a dança aconteça
Na imagem marcada
Em todas as mazelas.
Não importa que seja paralela
Que corra...
Na cor da aquarela
Dando vida a desejos represados...
Ao acordar
Com os olhos ainda semi cerrados
Vivo o sonho. Vivo a vida...
Quero sonhar acordado.

23/01/14
Tony-poeta


terça-feira, 21 de janeiro de 2014

REMANSO

REMANSO


Não adianta ancorar
Velejador incauto
Não adianta fugir
Achando que o canto calmo
Esconde a nave
Do mundo ingrato.
Águas paradas
Depositam tristezas
Represam saudades.
O leva e traz da vida
Que aproxima e leva embora
É que possui a cantiga
Do amor que ri e chora.
Navegue ao vento
Ame ao luar
Chore na chuva.
Não pare jamais
Água estagnada
Trás a marca do abandono.

22/01/14
Tony-poeta


SAIU À JANELA - ante poesia

Saiu à janela

Ante poesia.



Saiu à janela
Olhou a natureza
Viu que a vida é bela
Pensou que o viver
Oferecia-se para ela.
Olhou as margaridas
Olhavam para ela
Com um sorriso delicado
Na cor branca e amarela.
Bateu uma foto embevecida
Voltou para o facebook e postou...
Fechou a janela, pois dava reflexo.

Tony-poeta
21/01/14



AS CURVAS

imagem google

AS CURVAS


Sempre há uma curva
Um mundo desconhecido
Águas ardilosas.

E se insinuam
Flutuam nos sonhos
Nas curvas
Irrequietas do amor.

Quem sabe
Em alguma curva
Minh’alma inquieta
Se acalme.
Possa encontrar
Nos afagos
Nas mãos macias
Que acariciem
Nas curvas das carnes
Que curvem o poeta
Como as curvas do mar.

Tony-poeta

21/01/14

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

DANÇANDO MINUETO

DANÇANDO MINUETO


Danço minueto
Na sociedade que corre como louca.

Apenas faço reverencia
A dama deste salão
Que me observa
Enquanto a vida passa
Na velocidade do desencanto.

Sou função social apenas
Que tenta achar o passo
Cadenciado.

20/01/14

Tony-poeta

domingo, 19 de janeiro de 2014

NOSSO MUNDO

NOSSO MUNDO.


O mundo
É um burocrata compenetrado
Exercendo sua função.
Nós...
Pobres moleques agitados
Damos piruetas
Esperando sua reação.
Mas...
Ele segue inalterado
Com seu jeito bonachão...

19/01/14
Tony-poeta



FLOR ENCANTADA

imagem Google

FLOR ENCANTADA.


Felicidade
Um apelo aflito
Na imensidão.
Lamúria triste
Que vem lá do nada
E o coração
Pela dor em conflito
Vê que a vida
É busca rude
Da flor encantada
Lá no infinito.

19/01/14

Tony-poeta