sexta-feira, 23 de setembro de 2016

O AMANHECER DO NARCISO

O AMANHECER DO NARCISO
imagem Google

Dez horas da manhã. Narciso acordou. Foi ao banheiro.
Olhou ao espelho e mesmo com a cara toda amassada de dez horas de sono sorriu. Falou consigo mesmo:
- Estou bonito! O meu nome combina comigo.
Pingou o remédio nos olhos e no nariz, tinha rinite; passou o cotonete nos ouvidos e entrou no banho. Gostava de fazer estes procedimentos antes do chuveiro: - cotonete molhado é um saco!
No chuveiro lembrou da nova caixa do supermercado: - É Linda! Continuou pensando: - Tem aliança na mão esquerda. Que bosta! As mulheres não deveriam casar, todas deviam ficar a minha disposição. Saiu do banho.
Penteou os cabelos, as sobrancelhas, o bigode, o cavanhaque. Sorriu para o espelho se admirando e foi ao quarto.
Pegou o agasalho, estava um tanto frio. Olhou-o atentamente: - O fundilho estava sujo. Colocou para lavar. Pegou um limpo.
Passou desodorante em abundancia, não gostava de ficar fedido. Vestiu-se. Olhou ao espelho, corrigiu detalhes, foi ao espelho de corpo inteiro, rodopiou, olhou novamente, se julgou lindo. Foi tomar café.
Após o café olhou a janela. Chovia: Que bosta, chovendo em pleno domingo! Fechou a janela, voltou para cama.

23/09/16
Tony-poeta