quarta-feira, 8 de novembro de 2017

curruíra lembrança 1





Cheguei em casa afobado

carregado de ansiedade
Curruíra me falou

Calma e ponderação

é que trás a felicidade.

curruíra 210

210

A lua
Vem toda noite a minha janela
Trazer um punhado
De pó prateado
Dos sonhos de amor
E vai embora
Após me ter desejado.
BOA NOITE!

211


curruíra 200 a 209

200

Acompanha a noite:
A calma dos sonhos
O furor das paixões.

201

Em um ritual de calma
A noite adormece o dia.
Segue suave.
Sigo-a,
Adormeço em sonhos,
O dia chegará a seu tempo.

202

As nuvens,
Em fidelidade com a noite,
Escurecem
Para não ofuscar a luz das estrelas
Que guiam nossos sonhos

203

O calor é tanto
Que tenho que resfriar a noite
Para poder descansar;
Isto, sem me resfriar...
É uma aporia.
kkkkkkk

204

A NOITE CHEGA PONTUALMENTE
TRAZIDA POR UMA FADA ENCANTADA,
QUE COM SUA FALA ENFEITIÇADA
NOS ADORMECE DOCEMENTE...

205

Quando escurece
Fica mais fácil
Ver a luz de novos caminhos
Mesmo
Que estes estejam nos sonhos.

206

Juntando os cacos do dia
Fiz a melodia de amor.
Que dançarei em meus sonhos.

207

A lua passeia entre estrelas.
Saúdo-as com alegria!
Quem sabe no dia
Ela e as estrelas
Possam trazer
Ao amanhecer
As caricias
E a alegria do viver

208

O sábado virou domingo
Com a virada da noite.
O dia logo se abre...
Um dia lindo
Para viver e sonhar.

209

Se a noite é hábil
Para nos preparar para batalhas
Que ocorrerão no novo dia,
Muito mais eficiente ele é
Para acalmar as angústias
Do dia que se findou.

curruíra 190 a 199

190

Na noite
O dia se apaga
Reaparece nos sonhos
Para o colorirmos de novo
No dia seguinte
Com tons de amor.

191

Esta noite pouparei energias
Só irei até a lua,
Sonhar,
- Estou cansado!
Amanhã viajarei pela Via Láctea
Nos rituais do amor.

192

Nos sonhos:
Momentos encantados...
Desejos guardados
Não revelados,
Ignorados
Por nós mesmos...
Aparecem viventes
Amando a gente.

193

Pedirei as estrelas
Que falem baixinho,
Meu benzinho
Está a sonhar.


194

Noite úmida flutua
A musica aflora:
Pingos entoam canções de ninar,
Formam um rio de flores
Onde navego
No reino do sonhar,
O amor vou buscar

195

Noite escura... Penumbra...
Hora de enfrentarmos a solidão
Sonhar, sonhar muito,
Buscando o amor.

196

Quando o escuro da noite
Se junta ao vazio da vida
Turvando os pensamentos,
Está na hora de recorrer
Ao mundo dos sonhos
E colocar cores nas fantasias.

197

Quando o vento da noite,
Suavemente, em minha face sussurra amor.
As pálpebras se fecham para imaginar venturas.
Adormeço em doces sonhos.

198

Fim de domingo na Net
Paguei as contas da semana:
Saldo zerado, fim de mês.
Olhei a lua: Formato de ovo?
Segunda tudo de novo.

199

Compassados os pingos da chuva
Esfriam o vento,
Cadenciam o tempo.
O pensamento começa se agasalhar
Está no momento de sonhar.

curruíra 180 a 189

180


Quando cruzam fantasias e palavras,
Faz-se pausa no pensar
E desperta o sonhar

181

Chuva no telhado
Pingos a dedilhar
Doce canção de ninar.

182

A noite foi feita
Para repensar o dia.
Que o amanhã seja alegre.

183

A noite está cansada
Esperava-me e, cheguei atrasado,
Ficou até irritada,
Resolveu me dar castigo
Mandou-me deitar.

184

Os olhos estão pesados
É hora de buscar nos sonhos
O que não se achou no dia.

185

Nas noites de chuva
Sonhos:
- Que nem os aviões,
Bailam no céu estrelado
Por sobre as nuvens.

186

Pode ser que a noite traga
Vampiros e fantasmas.
Não tem importância,
Meus sonhos são nas estrelas.

187

Quando os olhos criam areia,
Marejam sem querer chorar
É sinal que o senhor dos sonhos
Quer a jornada comandar.

188

Vento sopra o baixo tuba
Veneziana dá o compasso
Relaxo no camarote dos sonhos.

189

A lua lumia de prata meu quarto
Parece a lua de Catulo.
Aproveitando, a melodia,
Toca em minha mente,
Vou dormir

curruíra 170 a 179

170

Quando a noite
Escura e triste aparece
Os sonhos enaltecem
A beleza do dia que virá.

171

Meu pijama
Ficou o dia inteiro
Em baixo do travesseiro
Me aguardando.
Vou dar atenção a ele.

172


Estou contando estrelas,
As olho pela janela
Nela existe uma morena
Que são os olhos dela.
Quando olho a estrela
Estou olhando pra ela,
Vou viajar para vê-la,
Ficaremos juntos: eu e ela.

173

Lua mulher
Aparece e some
Cobre e descobre
Seus mistérios
No véu das nuvens
Doce sonhar...

174

“Somos poeiras das estrelas”,
Isto falou Niemeyer,
Tenho que concordar...
Acrescento:  poeiras em forma de mulher
Certamente são obras primas...
Dormirei empoeirado

175

Com seu perfume
A Dama da Noite
Retirou-me para dançar
A valsa da fantasia
A cadencia dos sonhos
Chegara ao novo dia.

176


Saio da animação
Que estampa o monitor
Voo ao carrossel de sonhos
Aonde sou ator.

177

SONHAR


À noite
A gente
Viaja pra dentro da gente.
Isto se chama:
Sonhar...

178

Menos frio
Chuva fina toca sinfonia suave
A noite vai dormir
Os viventes vão sonhar
Tudo é harmonia

179

A noite ficou mais escura
Nuvens de chuva foram chamadas
Os automóveis se recolheram
Fui intimado a ir dormir.

curruíra 160 a 169

Curruíra 160


Corruíra falou:
-Pela manhã
Tanto faz ir para longe
Ou ficar por perto
A felicidade
Sempre estará a meu lado.
Mas nunca consigo a enxergar,

Não importa aonde voar.

161


Que o quadro negro da noite
Possa apagar todas as dores
Para que a manhã radiante
Traga perfumes e cores.


162


As estrelas
Brincando de esconde-esconde
Nas nuvens
Fazem-me lembrar
Que nos sonhos
Somos eternas crianças.


163 


Na noite fria
Todos se recolhem.
A vida agasalha
Amor e caricias.


164 

Madrugada
As luzes dos postes,
Discretas, focam para o chão.
Há silêncio.
O repouso será reconfortante.


165

Da janela
Olho os automóveis
Correndo na noite.
Sorrio compreensivo,
Quanta prepotência!
Vou para meu repouso.
Na velocidade dos sonhos
Na explosão do amor,

166

As luzes dos prédios formam paliçadas
Como um forte pronto para a guerra,
Cidade: - Canhões a posto, armas eriçadas,
Só o sonho transforma em flores
O desejo das batalhas...

167

As luzes da rua
Ofuscadas pela garoa fina
Indicam outro mundo
O mundo do sonhar...

168

Por trás das nuvens
Tela de delicada cortina
A lua solta seus raios.
Ao penetrar no ser
Leva-o as bordas do Olimpo
Onde o cantar das ninfas
E o trinar dos pássaros
Adentra-o no reino dos sonhos.

169

A penumbra faz parte do preparo
A noite carinhosa ajeita o ambiente
Um som cadenciado dos pingos
É entrecortado com o presto do vento
Pesam as pálpebras.