sábado, 28 de janeiro de 2012

MARCAR MEUS GRILOS







MARCAR MEUS GRILOS





O único aprendizado é o erro.

Errei!!!



O erro foi amar

[amor de paixão]

No nada eu vejo

Unilateralmente

[como sempre]

Que a terra amassa

Putrefata

Todos meus sentimentos.



Eles,

Indefesos

Acanhados

Vão para meu inconsciente

Marcar meus grilos.





30/06/1992

tony-poeta pensamentos






MUNDO E O POETA









Mundo e o Poeta.







                                                                   Na mesma estação de Harry Potter

                                                                    Entra na plataforma um e meio.

                                                                      No trem dos contrario.







Entre o ser

E o não ser

É o meio.



                                      É dia nublado

                                          Espera...

                                              Sol...

                                             Chuva...



Tanto faz

Alegria

Tristeza

É o registro.



                                            Centro



                                        Entre contrários



                                                  É



                                           Pessimista



                                                Também



                                          Visionário



                                                                E fala de amor.







28/01/2012 – manhã nublada

tony-poeta pensamentos

O TREM







O TREM





Um trem

Um dia

Vou sacolejando

Seguindo a linha

Quando acabará?

Num amanhã

Que é hoje

Sempre o mesmo dia.



Pararei

Todos os pontos

Todas as estações

Não acaba a linha...



Cada passagem

Recordações

Outras virão

Mais outras ainda...

Um trem

Um dia



16/06/1992

tony-poeta pensamentos


sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

MAR







MAR









Ao sol

Prateados reflexos

Gaivotas em círculos.



A chuva

Movimento

Harmônico

Desarmônico... das vagas.



Ser e não ser

Entrecruzam

Nas vagas



A-MAR





27/012012

tony-poeta pensamentos




A FLOR - quadras







A FLOR [QUADRAS]





No dia sem cor

Sombra da chuva.

Flor, acanhada

Falava amor.



No dia de sol

Na luz dos raios

Dei-te uma flor

Gota de orvalho.



Um dia de luto

Preto e fechado

Trarei esta flor

Bem ao teu lado.





26/01/2012

tony-poeta pensamentos






O ECO




PENSAMENTO – O ECO


Gosto do eco

Que repica a verdade

Antes de se esvair.

A verdade

É só um momento

Que ecoou

Em ti!


tony-poeta pensamentos
27/01/2012

FANTASIA E REAL





FANTASIA E REAL









Misturei

Fantasias com o real

O sonho tornou-me imperador

Enquanto dormia contigo.

Não ouvia teus chamados

Estava contigo

Eras plena.

Na fantasia princesa

De meus sonhos.

Te possuía, a tinha

Não escutei

Não ouvi apenas

Teu chamar.



O real, não sei

Vivi o sonho

Agora só

Sei:

O sonho embola o que pode viver.

Triste.

O tic-tac bate no relógio indiscreto

O coração bate neste peito incerto

Que não sabe distinguir

Sonho e fantasia

O Real e sua poesia





02/11/1991

Tony-poeta pensamentos






quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

CHUVA E PESSOAS







Chuva e pessoas







Chove

A chuva é triste

Lembra dolente

Que existe o ser.



Amuados

Guarda chuvas

Caem em cores

Pétalas de suor

Nos pingos da verdade.



Espero a balsa

Tem um comercio

Tijolos encolhem arvores

Em pingos sonoros

Cantam solidão.



Pessoas amuadas

Compram

Sem defesas

Moças desleixadas

Que esquecem o corpo

Ao fugir dos pingos



No gesto

Espontâneo

Que a chuva faz honesto

A personalidade aflora

Para a moça

Muito bonita

Posição de atleta

Joelho semi-fletido

Sem o alerta do flerte

Mostra o coração inerte

Sem verdade



A mãe solteira

Vende contas

Posição de chefe

Sem sua normal

Forma faceira

Com riso sério

É brigadeiro

Comandando batalhão.



Enquanto as flores

Embaçam as cores

Para sorver a chuva

Quem sabe meditarem?

O poeta

Vira profeta

Na nova visão.





26/01/2012

Balsa de Bertioga

tony-poeta pensamentos






SAIA DO ASFALTO







SAIA DO ASFALTO





Era o campo

Ao lado do asfalto

A pista do despertar.



Era o ser

De andar ou morrer

O carro correndo

Morrendo...



Era o ser

Vivendo e morrendo

Sorvendo a vida

Sorrindo

Sempre indo.



Era a pista

Artista de ser e morrer

Era o sonho

Um lugar ao lado

Eucaliptos sossegados

Convidando a passear.



Os passarinhos

Os gorjeios

O sabiá

Indicavam no fundo

O lago azul

Num azul... Quase sonhar.



Saia do asfalto

Quebre as ondas dos caminhos

Abra uma nova estrada

Lá nas curvas

Num cantinho

A patativa vai cantar

Cantar...

Se refletindo no lago

Num brinde ao sol

Que lhe sorri.





tony-poeta pensamentos

Sem data








quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

MORRER EM CASA





MORRER EM CASA.





José Barbosa da Silva estava grave. Seu coração há muito falhava e agora não mais queria funcionar. Deitado, ou melhor, semi-sentado, com respiração difícil, quase não respirava. Estava todo inchado, há muito tinha edemas, mas agora estes pioraram. O doutor que acabara de sair falou que era ascite, e explicou, que era água na barriga, para seus filhos perplexos.  Na verdade estava morrendo.

José, valente caboclo do Velho Chico, que dizia que o atravessava a nado e era verdade, sempre mandou com mão de ferro em todos da família. Quando o médico falou de Hospital foi taxativo: - Homem do Velho Chico morre em casa.

Por mais que o médico, seus três filhos e quatro filhas argumentassem, ele não cedeu.

O médico do Home Care foi embora. José Filho até concordou que, mesmo pagando um mil reais por mês no plano de saúde, não poderia o médico ficar todo dia esperando Sr. José se resolver.

Sentaram os sete em volta da mesa da sala, deixaram a porta do quarto do doente aberta para que ficasse visível e, ficaram a confabular sobre o que fazer. Sr José, mesmo quase sem conseguir falar, dava palpites.

Por mais que pensassem e tivessem as mais diferentes idéias, estas ou eram absurdas, ou o doente as refutava de pronto: - Homem morre na sua casa, repetia.

Tonico, o mais novo lembrou-se de Severino, afilhado do moribundo, que este tinha muito apreço. Morava a meia hora dali, talvez ele o convencesse. Assim fizeram.

Severino chegou assustado, sabia da doença crônica do padrinho, mas não do agravamento. Pediu a benção, sentou-se ao lado da cabeceira e tentou convencer Sr José por mais de quinze minutos. Em vão. – Homem morre em casa, repetia.

Sr José piorava. Os sete mais o afilhado voltaram a sentar em volta da mesa. José Filho falou:- ele vai morrer em poucos minutos. Não é justo deixar de satisfazer seu último desejo. Todos concordaram.

-E o atestado de óbito? Lembrou Maria a filha do meio.

-O Home Care dá. O doutor falou que atesta.

- Então vamos esperar e fazer a reza, falou Maria.

Severino, que até então estava quieto, perguntou:

- Como é que se faz um velório no vigésimo primeiro andar?

Todos seguraram o fôlego. Por fim José Filho resolveu perguntar aos bombeiros.





25/01/2012

tony-poeta pensamentos




OBJETO E COISA

Objeto e coisa


Objeto e coisa
Na união
Há fetiche em formação.

Ora sou objeto,
Perfumado...
Coisa aceita
A musa
Que me toca,

Ora sou coisa
Lenço tísico
Jogado por amante
Para pelo sofrer
Buscar amor.

Objeto coisa
Integral,
Tem que ser
Em seu visual.

Assim a harmonia
Dos amantes,
Em ignição
Ardente,
Quente,
Faz-se presente
Em êxtase total
Agradável visual.



08/12/2010
tony-poeta pensamentos

ANSIEDADE - EXPLICAÇÃO

A ansiedade é comum em qualquer animal, a barata que foge do teu chinelo com certeza está ansiosa. Todos temos ansiedade, a não resolução da ansiedade é ou a depressão, ou a pânico da barata imediatamente antes de tomar a chinelada. Doença é só a persistencia longa [se voce não acertou a barata. rssssss]

CONSIDERAÇÕES SOBRE A MORTE VIOLENTA NA SOCIEDADE



CONSIDERAÇÕES SOBRE A MORTE VIOLENTA NA SOCIEDADE.







Escrevi estes dias sobre o suicídio, em linhas gerais. Não dei atenção à reação da sociedade, como pessoa, para o evento. Buscava o aclaramento de meu pensar sobre o assunto, quando me deparei da agressão do Estado contra o assentamento de Pinheirinho. Achei preocupante e lastimável como qualquer cidadão consciente, uma atitude de força própria de regimes totalitários.  No meio aos pensamentos de revolta que me acometeu tal ato, reparei um detalhe: O governo, nega que houve mortes, os ex-moradores a afirmam e a imprensa e mesmo políticos de oposição, não tem meios de confirmar ou não a existência de vítimas. Realmente era o que faltava a meu raciocínio.

Saindo do inaceitável ocorrido, o que notamos é que a sociedade não aceita a morte violenta de seus membros, mesmo que estes estejam marginalizados. A morte em guerras, confronto de marginais armados contra aos agentes de segurança, a pretexto de manter a ordem é não só aceita, mas desperta grande atenção, aja visto a enorme quantidade de filmes, jogos eletrônicos, jogos em computador e celulares que não só a mostram, mas convidam o cidadão a participar. Rara é a novela no horário nobre que não mostra um assassinato e uma legião de suspeitos.

O assunto empolga tanto, que o criminoso será escolhido por pesquisa de mercado, com custo elevado, por instituto especializado. Posteriormente se roda três finais diferentes, com assassinos diferentes. Com recorde de audiência o ultimo capitulo conta quem e principalmente como matou.

Voltando ao suicídio e acrescentado agora a comunidade do Pinheirinho, temos um mesmo movimento. A morte violenta.

A sociedade se divide em estratos maiores do que os apontados pelas estatísticas. Temos uma classe dominante, media, baixa e a excluída. Todas com subdivisões entre si. Na distribuição de riqueza, terras, alimentos e moradias esta divisão é inconscientemente seguida por toda população, com raras exceções. Mas o fator morte significa uma agressão violenta e total a tal tecido. Se aceita que um elemento passe frio ou fome, que viva invisível na semi ou total indigência, Que morra por doença. Não se pergunta se esta é causada pela fome ou más condições de moradia. Mas morrer de frio ou assassinado por algum louco que lhe ateia fogo, a sociedade no todo repudia. O abandono social não pode chegar à morte. Isto é absoluto.

Meu filho há algum tempo assistia um documentário na televisão sobre as hienas. Como já estava em andamento, infelizmente não consegui anotar o endereço de acesso. Nele um pesquisador, muito corajoso, aproximou-se de uma família de hienas e conseguiu ser adotado pelas mesmas. Como o elemento mais baixo do grupo. Seria um sem teto na nossa civilização.

 As hienas, como eu vim aprender naquele momento, tem um regime matriarcal, sendo a matriarca o topo, o macho que ela escolhe para acasalar o segundo na hierarquia e se segue em camadas sociais a acomodação dos demais elementos. Este grupo ocupa um território que é disputado por outros grupamentos da mesma espécie e pelos leões, que as mesmas expulsam constantemente (tudo filmado). Em dado momento do estudo, houve uma disputa pelo poder, a matriarca que era ditatorial para nossos padrões enfrentou uma fêmea que resolveu desafiá-la e ganhou o poder. A ex-matriarca não foi morta. Foi rebaixada abaixo da posição que estava o pesquisador, mas continuou na sociedade das hienas. Ou seja: Não se matam elementos do próprio grupo; a não ser que a mesma tivesse morrido na disputa pelo poder, o que seria considerado normal.

 Mas os grupos de hienas se matam entre si na disputa de territórios. (isto não foi mostrado, mas a filologia explica).

Voltando aos humanos, que negam sua origem ou persistência de instinto, não sei o motivo. O comportamento no caso do Pinheirinho se assemelha. A classe mais baixa:

Pode ser desalojada, mas não eliminada. Como no caso das hienas, elas guerreavam com os leões e outros grupos de hienas, todo membro era indispensável.  Nos humanos, que antes viviam de guerra territorial, onde o elemento humano era quem manejava a arma, seria mais um guerreiro que tinha de ser preservado. Atualmente creio que ainda não acharam uma nova função. Talvez um dos motivos da massa humana gigantesca em campos de refugiados.

O fator morte no caso Pinheirinho, se comprovado é uma agressão total a estrutura social, repetindo: Pode-se excluir, mas não matar.

No caso do suicídio, apesar da diferença, a agressão social é semelhante. Nota-se que todos intelectuais e artistas de destaque, que tem suicídio presente em sua família, este automaticamente é anexado em sua biografia, não importa quantas gerações ascendentes ou descendentes tenha ocorrido o evento.

Isto se dá devido a uma morte violenta, e o suicídio é a mais violenta delas, não importando o modo do ocorrido, foge a proteção social devida. É uma forma muito eloqüente de demonstrar grave falha social como um todo. A sociedade se contrai. Contorce-se e entra em penitência pela sua grave falha. Quando se coloca o suicídio no currículo de uma celebridade, está se falando o seguinte: Apesar de ter seu ancestral abandonado pela sociedade, ele se recuperou, perdoou e nos deu tal presente.

A sociedade em suma aceita humilhar, excluir e denegrir seus membros, de acordo com seu relacionamento com o poder. Mas sempre os vigiando. Eles não podem morrer de forma violenta, nem pelo estado, nem por eles próprios.

Nas ditaduras as pessoas assassinadas são vistas como estrangeiro. Aí se pode matar sem grandes conseqüências: como aconteceu nas ditaduras latino-americanas, onde os mortos eram inimigos comunistas. Portanto não pertencia a malha social imaginada pelos ditadores.





25/01/2012

tony-poeta pensamentos

CONCEPÇÕES





CONCEPÇÕES





Viajarei

Pelos mares desconhecidos

Das novas concepções.

Na busca

Procurarei no infinito

Novos temas, novas orações.



Num canto doce

Amargo? Salgado?

Quem sabe?

Irei além...

Além do correr das sombras,

Além de ser alguém.



Parto na busca

Busca da casta.

Parto para ser

Nova existência.

Ser trovador

Ser chama... Amor

No éter nascer.





18/03/1972

tony-poeta pensamentos

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

CARTÃO DE CRÉDITO




CARTÃO DE CRÉDITO


Este regime engraçado
Faz iguais os desiguais
Regulado pelo mercado
Mercado de Capitais
Nele todos são iguais
Com só uma divisão
Dada pelo cartão:
O valor da prestação.

Sem cartão
Você não é cidadão.




24/01/2012
tony-poeta pensamentos

BUSCAR







BUSCAR.





Caminhar,

Caminhar nas alcovas sombrias dos enamorados,

Ver,

Ver a poesia

Dos sonhos infantis

Daqueles que estão se amando.

Buscar...



Buscar,

Não importa noite ou dia.

Querer poesia,

Poesia de busca de amor,

Poesia de sentir tristeza,

Poesia de buscar verdades

Num canto do coração,

E partir.



Partir do alem do pensamento

Buscando apenas

O momento

O instante

O segundo

Que possa sonhar.





tony-poeta pensamentos

29/06/1972

O GALHO - ANALOGIAS




O GALHO – ANALOGIAS





Antes do ninho

Vem o galho

Galho seguro.



Sem território

Não se acasala.

O galho tem proteção.



O galho presume

Alimento ao seu redor

Uma boa mesa.



Só no galho

O doce amor

Pode ser pleno.



O poder

É o galho

Que abriga o ninho.



Na humanidade

Há poucos dias sem guerras

São poucos os ninhos.



O errante Homem

Não tem ancoragem

Busca o galho.



Buscando

Guerreia e mata

Disputa o galho.



Isto é instinto

Puro instinto

Da natureza.



O Homem diz:

-Não tenho instintos.

E é errante.



Só se corrige

O destempero

Sabendo sua causa.





tony-poeta pensamentos

25/01/2012