sábado, 20 de julho de 2013

MINHA MENTE ESPERNEIA



 
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MINHA MENTE ESPERNEIA.


Minha mente esperneia, se agita, briga, grita e se revolta; até nos sonhos!  Gerando pesadelos. Pobre mente!
Não posso culpa-la, ela me quer contente, procura me adaptar neste mundo demente e me fazer ficar bem no meio de tanta gente.
Porém, ela não entende o homem que despreza o outro humano, a mulher que chora de fome, o filho jogado na rua, os governos soltando bombas de modernos aviões e a população nua e com fome correndo, sabendo que morre de tiro, de doença e inanição.
Não entende o homem juntando fortunas, desmedida ambição, e o dinheiro acumulado dá e ainda sobra um bocado em mais de mil gerações, e para os pobres seus empregados briga por uns tostões.
O homem idoso sovina que guarda fortunas no forro de sua mansão achando que no outro mundo, vai levar seu tesouro nas mãos.
A moça que se espevita frente ao carro de luxo importado pensando mudar de vida, oferecendo o fruto da árvore proibida. Quando vê que deu errado, continua de modo equivocado dando o golpe da barriga. Põe no mundo um bacuri que não sabe por que nasceu, vai sair pelo mundo, desnorteado, pois no nascimento já morreu abandonado.
Não entende o politico que rouba; o governante que desvia; o engenheiro que sabota a obra que inicia e o lixeiro que não varre a rua com cuidado, falta na tarefa: preguiça? Busca um atestado: faz o idoso que caminha cair e quebrar a espinha e morrer abandonado.
É o Hospital que fecha as portas, o médico que não atende; o casal que não se entende e os filhos neurotizados, a televisão na novela que só passa o que pode se fazer de errado. Na cortina de fumaça dos tiros, sempre encontrados, na cidade ou no outro estado dependendo dos defuntos e como foram executados. Mostra toda violência deste mundo em frangalhos deixando apavorada a população estupefata.  Gerando brigas e mais brigas provocadas pelo medo, culpa do enredo eternamente desvirtuado.
A minha mente esperneia, estou até preocupado, acho que vou mudar pra um planeta abandonado.

Tony-poeta
20/07/2013


quinta-feira, 18 de julho de 2013

PENSAR E FAZER



 

PENSAR E FAZER


Passo,
Não faço!

Sempre tenho o que fazer
Em cada amanhecer.

Não faço
Penso em você.
Viajo
Quero te ver
Faço você
No pensamento,
É teu traço
[este eu faço]
Fora isto
Não faço
Passo
Penso em você.

18/07/2013
Tony-poeta

EFEITO DO PENSAMENTO


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EFEITO DO PENSAMENTO


Da vida
Sou um efeito
Meu defeito
É você.

Tua figura
Me desfigura
Com ternura

Meu pensamento
Foge com o vento
Penso em você...
E te procuro
Pra ver se tem cura
O meu viver.

18/07/2013
Tony-poeta.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

terra pensamento





Ao nascer todos os objetos já se encontravam a minha disposição.
Nunca criei nada, apenas dispus o que encontrei pensando em minha comodidade.
Ao morrer não deixo nada
Os objetos continuam para outras gerações.
A única obrigação que tenho
É respeitar o que não é meu.
Tony-poeta

terça-feira, 16 de julho de 2013

AGASALHO DO RECOLHIMENTO



 
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Agasalho do recolhimento.


Na noite fria e chuvosa, onde o escuro realça a solidão, o corpo se encolhe com frio e medo, se agasalha fica pequeno, sente-se pequeno.
Na verdade está tentando esquentar a alma também retraída, que perdida, não consegue se expandir achando que a vida no frio da madrugada não é plena. Apavorada treme e chora, ouvindo o sibilo uníssono da madrugada, que o vento traz de forma desastrada, sem variar a melodia, formando um canto de desespero que talvez não deixe o ser encontrar o dia.
O vento assobia uma só nota, o corpo encolhe a alma cada vez mais e se recolhe na ausência da sinfonia dos prados tremulantes em suas flores, dos esquilos ágeis subindo as arvores e, as borboletas coloridas se misturando as flores fazendo o cantar da esperança do dia a dia, buscando a poesia de existir.
Cada vez mais se recolhe o corpo e espreme a alma já doentia. Anoite assobia o silencio cortado do vento, a alma já não chora apenas balbucia seu canto de solidão.
Súbito reage, pulsa o coração em fortes batidas, o ritmo quebra a inercia da noite parada e do vento maldoso, refaz o ritmo, canta a canção, agita a razão.
É que o Amor, medroso, andando nas paragens frias, desgostoso parou para conversar com o coração, e o encontro aqueceu a noite. Luzes de magia inundaram o horizonte.

17/07/2013
www.tony-poeta.blogspot.com