sábado, 14 de dezembro de 2013

GAIOLA

GAIOLA


Quando criança jogava bola
Na rua...
Hoje o apartamento é uma gaiola
Tem tela em todas as janelas
E a criança vê novelas
Quieta, sem nenhum alarde,
Senão é hiperatividade
Toma então medicação:
Volta calado pra televisão.

14/12/13
Tony-poeta



Minha estrada

Minha estrada


Já que a vida não é programada
Vou tapando buracos e seguindo a estrada.

Uma vez que nada está escrito
Escrevo e apago a cada imprevisto.

Se a luz está apagada
Tateando vou, mas sigo a estrada.

Sempre procuro um amor e um caminho
Não importa sempre estar sozinho.

Sou o pó e o piso da estrada
Eu sou minha caminhada.

14/12/13
Tony-poeta



sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

PRESENÇA AUSENTE

Presença ausente


Solidão
É presença
Com ausência
De sonhos e afetos.

Vulto que não se sente
Carinhos que não tocam
Apenas evocam
Uma presença ausente.

Tony-poeta

14/12/13

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

PROCURA - PENSAMENTO

Sempre estarei procurando

Uma nova vida
Um novo amor
Uma nova alegria
Um novo Deus
Mas...
Quando bate a razão
A única coisa que sei
É que a dúvida
Indica que nada sei.


Tony.

MEU MUNDO

MEU MUNDO


Meu mundo
Sou eu quem o faço:
Bom? Ruim?
Eu mesmo decido
Crio o mundo alucinado
Onde choro ou me encanto
Sempre indeciso.
Hoje bateu uma saudade
Muito forte
Daquilo que não tive
Saudades do sonho?
E o sonho ainda vive!
O sonho do que não tive?
Este é meu mundo
Se o sonho é fantasia
Meu mundo é apenas poesia
De amor verdadeiro
Não importa a presença
Pois meu mundo
Eu mesmo faço
E vibro... Choro...
E vivo intensamente.

12/12/13
Tony-poeta



quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

PROCELA

PROCELA


Nuvens cobrem o horizonte
Em baixo o asfalto
Preparado para procela
Em meu refugio lá no alto
Continuo pensando nela:
Não importa toda grandeza
Continuo sendo natureza.

11/12/13

Tony-poeta

APONTADOR DE PENSAMENTOS

APONTADOR DE PENSAMENTOS


Sou apontador de pensamentos

Que os capturo quando passam por aí
Adiciono uma carga de sentimentos
Sentimentos de coisas que vivi
Coloco-os bem guardados em papel
Antes que estes voando ao léu
Procurem outro ser errante
Talvez em terras mui distantes.

Tony-poeta

11/12/2013

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

CULTIVANDO

CULTIVANDO


Se tivermos que cultivar alguma coisa
Que seja a alegria
A felicidade, esta fantasia
Que de espreita passa e voa
Não fica andando a toa
Nem tem tempo de parar
A vida é sempre andar
Mas que seja de cabeça erguida
Com sorriso no olhar
Pois no fundo d’alma habita
Um fogo que sempre crepita
Desejoso de amar.

11/12/13

Tony-poeta

OBJETOS

Imagem Google

OBJETOS                                   


O que caracteriza o ser humano é a posse de objetos. Pensem comigo:
O humano nasce prematuro, sendo o mais prematuro dos animais. Leva, ao contrário dos outros bichos alguns anos para ter independência da mãe e,n os primeiros dois anos é totalmente dependente.
Não tem a proteção de pelos, acredita-se que se originou na Líbia e, tinha o tamanho de um rato, não estando apto a grandes variações de temperatura, nem ao inverno gelado, nem de se submeter ao sol escaldante.
É dentre os predadores um dos mais fracos, tanto nas forças das mãos: sem garras; como na mandíbula incapaz de matar um animal pela apreensão.
Vivia originalmente em todas e cavernas como coletor e aproveitando restos.
Era um ser com poucas chances de sobrevivência.
O meio que encontrou para sobreviver com tantas limitações foi o uso das mãos, inicialmente para jogar pedras e a seguir para lascá-las.
A passagem para pedra lascada já exigiu uma organização, a pedra tem que ser separada no veio, caso contrario não serve, isto fez que dentro do grupo houvesse quem soubesse onde encontrar a pedra certa e, outros que soubessem dividi-la. Gerando desde já uma divisão para sobrevivência.
O uso dos dedos para fazer as armas e usá-las direcionou o desenvolvimento para as mãos, e com elas para os objetos que começaram a ser separados em: com e sem utilidade.
Aquele que possuísse um objeto “útil” seria invejado e se possível roubado, caso não conseguisse defende-lo.
Em minha opinião de poeta, um dos fatores o que motivou todo desenvolvimento da nossa espécie foi o contato com objetos.  
Este contato criou claramente o sentimento de posse. Quem tem um objeto útil tem mais poder do que quem não o possui.
Este modelo perdura até hoje, onde a divisão de objetos é quase impossível. Basta ver que nosso sistema de castas ou classes sociais funciona quase sem mobilidade:
Quem nasceu pobre, isto é, sem objetos, continuará pobre ao contrário dos “afortunados” que já nascem com as “posses”. Enquanto os primeiros tentam de todo os meios conseguir objetos necessários, os segundos não abrem mão, com uma compulsão de acumulo.
A fala e o fogo creio que são simultâneos, ou talvez posteriores o que marca o frágil ser humano é a posse.
Numa sociedade de bilhões de habitantes, não dá para continuar com alguns colecionando objetos em detrimento de outros.

10/12/13
Tony-poeta


CATAR TRECOS

CATAR TRECOS


Viver é catar trecos
Fantasias em objetos
Com fetiches de amor

Os amores sempre abertos
Para valores incertos
Que se despreza depois.

Os trecos são sempre iguais
Objetos alucinados
Deformados pelos ideais.

Corremos catando trecos
Jogados nas marginais
Da estrada, em repetecos.




segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

NOITES DE LUA CHEIA

NOITES DE LUA CHEIA


Quando o vento trás a solidão
A lua vem como companhia:
Converso com ela no anfiteatro das estrelas.
Então o vento perde o furor
Vem mansinho,
Vem como brisa
Escutar as falas de amor
Que fazem alegorias
Nas noites de lua cheia.

09/12/13

Tony-poeta

domingo, 8 de dezembro de 2013

MOMENTO DE SOLIDÃO

MOMENTO DE SOLIDÃO


Solidão é aquele momento
Em que o mundo não se espelha.
Sem refletir, não há o mundo fora
Estás a sós,
Lá dentro
No cantinho onde moras
Lá onde não se pode chorar nem sorrir.

08/12/13
Tony-poeta



DEBALDE

DEBALDE


Os dias passam rápidos:
Seguro em vão segundos
Em busca de fantasias.
Debalde
Busco instantes
Momentos... Frações apenas
Onde a face possa ser acarinhada
Com doces mãos de fada
Feita mulher e ser amada.
Debalde
Busco o carrilhão de palavras
Que ecoem em meu ouvido
Doces, só com o ruído
O balanço, o pendulo
Do amor embevecido
Cantando a alvorada.
Debalde
Busco todo o calor da vida
Daquela que não existe em mim
A mesmo não sabendo o que é
Se: é feita de brilhantes
Da tela de um amor triunfante
Ou dos caprichos de uma mulher.
Debalde
Quero ouvir o instante
Que este me fale baixinho:
Apenas diga o que ele quer.

08/12/13
Tony-poeta


pequenas coisas

Pequenas coisas.


Pequenas coisas falam para quem as tem; pode ser aquela camisa horrível alaranjada, o chaveiro com a lata amassada, o chinelo esquisito, o penteado despenteado, o bigode mal cortado, tudo que você acha feio, o outro poderá dar um valor que você nem imagina.
Criticar baseado no que você acha, em sua simples opinião sempre acarretará mágoas. Os gostos são diferentes e dão o colorido da vida; mais ainda, cada pequeno detalhe é impregnado de significados, lembranças e valores ocultos vivem na mente de quem os possui, objetos têm história, muitas vezes histórias de amores sonhados, de breves momentos eternizados e perdidos nas andanças do caminhar.
Ao observar um amor ou um amigo pense sempre antes de opinar, poderás magoá-lo, como ficarás chateado se um presente querido e não de gosto corrente for ridicularizado por ele.
O jogo da vida e dos relacionamentos consiste em tentar entender não objetos, mas os valores que são guardados no coração e na mente. A lembrança torna o feio bonito e os valores mudam completamente.
BOM DOMINGO
08/12/13
Tony-poeta