O ROUBO
Em 2002
com a vitória inédita da esquerda em nossas eleições, o País possuía de 50 a 60
milhões de cidadãos abaixo da linha da pobreza, ou seja, na miséria.
Esta
enorme população de quase um terço da Nação, não se encontrava colocada nesta
irresponsável situação por desleixo ou vagabundagem, como sempre quiseram que
acreditássemos. Na verdade, se tratavam de descendentes de índios expulsos de
seu território e miscigenados, descendente de escravos trazidos a força de seu
País de origem ou descendente de degredados vindo nas viagens comerciais de
antigamente. Esta enorme população nunca fez parte da cidadania deste País.
Para
ter cidadania é insuficiente possuir uma certidão de nascimento, uma RG e uma
carteira de Trabalho em branco. Cidadania é um conceito amplo. Consiste,
conforme os filósofos, em ter e participar em igualdade de condições da
distribuição de riquezas de uma nação, ou seja, como escravos e marginais que
sempre foram taxados desde, os mesmos consistiam uma massa de pessoas jogadas
em nosso solo sem direito algum. Se não fizessem nenhum ilícito, o que é o que
acontece com a imensa maioria, podiam andar vigiados, a classe dominante olha
com desconfiança para os ex-escravos; caso contrário seriam remetidos a um
isolamento desumano, que é nosso depósito de presos, chamado sistema
penitenciário.
A ética
é baseada na eticidade, conceito do filósofo Hegel, em se tratando de
reconhecimento que todos buscam. A
eticidade consiste em um acordo, onde o Estado é fiador, e cada uma das partes
cede um pouco e celebram um armistício, que vem a ser a ética de um povo e o
reconhecimento entre as classe. Esta massa marginalizadas nunca teve condições
de colocar suas demandas em discussão, portanto não pertence ao Estado uma vez
que não havia contrato.
Para
não haver guerras, comum nos acordos dos humanos, foi proposta uma inclusão
paulatina, onde por meio de alimentação, luz, escolas, tratamento médico
dentário, a esta imensa quantidade de indivíduos, para que possam ter condições
de demandar as reivindicações que acharem justas e se inserir com igualdade no
meio social.
A
implementação destas medidas necessita de dinheiro. Logo de início, na parte
destinada a saúde este foi negado pela não manutenção da CPMF. Para não criar
um novo imposto para este fim, havia necessidade de se aumentar a arrecadação.
O Imposto de Renda como os demais impostos já eram pagos pela classe
trabalhadora com razoável correção, apenas o Imposto das classes de maior posse
apresentavam lacunas e sonegação importantes. Aumentaram a fiscalização e
melhoraram as leis, para que o Imposto, antes só pagos corretamente pelos
trabalhadores, fosse equânime.
Como os
sonegadores já haviam incluído o Imposto sonegado como lucro e, contavam com
este dinheiro como seu, viram a diferença de dinheiro como aquele correntista
de Banco que incluiu o limite de cheque especial como dinheiro próprio, fato
que foi interpretada como roubo, não como justiça; já que eles eram os que
estavam cometendo o ilícito.
Iniciaram
uma campanha contra o Governo por simbolicamente julgá-lo ladrão, com todo
apoio de uma imprensa partidária de direita e participante de golpes anteriores
no País.
Este
confronto de eticidade, que há pouco me referi, onde por meios suaves estava se
tentando um acordo, avança a nível de contenda de classes com repercussões
imprevistas, acusações caluniosas e mesmo agressões com ameaças e difamações,
totalmente incompatíveis com o projeto suave planejado. Este estudo inicial é
atualmente reconhecido e premiado em todo planeta, já que o problema é geral e
todos Países tem algo parecido a resolver.
Espero
que o bom senso prevaleça, não podemos conviver com mais de um quarto do País
na miséria e sem reconhecimento e esperar uma Nação prospera e Pacífica com
esta absurda diferença. O reconhecimento entre todos é necessário e urgente.
Qualquer atitude mais truculenta pode levar a confrontos graves e retrocessos.
Tony-poeta
09/05/14
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