PERNILONGO ALUCINADO.
Um pequeno inseto saiu da mata próxima, perdido na
noite buscava a luz. Pequeno demais a luz o ofuscava, não sei o que pensava, certamente sonhos de grandezas cercavam este
inseto voador.
Ele, na luz se queima, cai. Mas volta tentar, tenta se queima e cai.
Persiste até que suas asas não mais baterem.
Desfalece alucinado pela luz onde vê o poder.
Ele, dono da própria vida,
transmissor de genes que persistem a minúscula espécie, impotente tentou se apossar da luz imponente que o fará maior, num delírio de grandeza,
sucumbiu tentando até o ultimo bater das
asas, ser o senhor.
Quem sabe neste mundo louco de nosso planeta, se as árvores tivessem pernas enterrariam seus frutos no melhor solo.
Buscariam a melhor terra, a umidade necessária e lá fariam a multiplicação para reinar na
floresta.
Também o humano determina
sua vida, Escolhe a terra onde assentará sua moradia,
trabalha para construir e transformar, usa o trabalho como motivo da vida
incessantemente, só por ele pode os
genes perpetuar.
Alucinado, como o inseto suicida, que morreu na luz pensando
continuar a vida, criou a moeda. As guerras se sucedem e a morte impera, nuvens
de dor varrem a terra, mesmo assim continua a trabalhar na busca do falso ouro
metálico, criado no delírio de grandeza que
impede a clareza de o amor procurar.
25/09/14
Tony-poeta.
Muito bom. Gostei!
ResponderExcluirBoa Noite Jorge Oliveira Almeida, grato pela visita.
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