AURORA DA
VIDA
AH que saudades que tenho
Da aurora de minha vida
Cassimiro de
Abreu
Na aurora de minha vida:
- Choveu!!!
Na hora que fui ao espelho
Procurar quem era eu
Saber o que era o viver
Saber o sabor de amar,
Vi o espelho embaçado
Das nuvens que dançavam no ar.
Súbito um clarão estranho
Precedido de um barulhão,
[Depois soube que era um trovão]
Veio não sei de onde,
Tomou todo o aposento
E de modo desastrado
Fragmentou o espelho,
E com ele a ilusão.
[Até hoje junto cacos,
Formas geométricas estranhas,
Um teorema incompleto
Que tenho que resolver:]
Na verdade pude ver
Que cada caco é um poema
Que brota do teorema
Da vontade de saber.
Cada poema é caco
Pedaço de um momento
Desta aurora barulhenta
Que me esperou nascer
Só sei que tudo é poema
E quem sou,
O que é vida,
O que é amar?
Ajunto tudo nas trovas
Que me ponho a declamar.
30/04/15
www.tony-poeta.blogspot.com
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