Dez horas
da manhã. Narciso acordou. Foi ao banheiro.
Olhou ao
espelho e mesmo com a cara toda amassada de dez horas de sono sorriu. Falou
consigo mesmo:
- Estou
bonito! O meu nome combina comigo.
Pingou o remédio
nos olhos e no nariz, tinha rinite; passou o cotonete nos ouvidos e entrou no
banho. Gostava de fazer estes procedimentos antes do chuveiro: - cotonete
molhado é um saco!
No
chuveiro lembrou da nova caixa do supermercado: - É Linda! Continuou pensando:
- Tem aliança na mão esquerda. Que bosta! As mulheres não deveriam casar, todas
deviam ficar a minha disposição. Saiu do banho.
Penteou
os cabelos, as sobrancelhas, o bigode, o cavanhaque. Sorriu para o espelho se
admirando e foi ao quarto.
Pegou o
agasalho, estava um tanto frio. Olhou-o atentamente: - O fundilho estava sujo.
Colocou para lavar. Pegou um limpo.
Passou
desodorante em abundancia, não gostava de ficar fedido. Vestiu-se. Olhou ao
espelho, corrigiu detalhes, foi ao espelho de corpo inteiro, rodopiou, olhou
novamente, se julgou lindo. Foi tomar café.
Após o
café olhou a janela. Chovia: Que bosta, chovendo em pleno domingo! Fechou a
janela, voltou para cama.
23/09/16
Tony-poeta
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