quinta-feira, 24 de novembro de 2011

POEMA DAS FACES






No meio das sombras

Enrugadas

Deslizam rudes formações.

Traços fortes, porém nublados.



Vão crescendo...

Crescendo...

Neste ritmo se acalmando

Em traços tênues,

Cada vez mais tênues

Enfim

Perceptíveis nos detalhes

Que resplandecem sobre o azul.

É ela!... É ela!...

Apenas uma face

Que aparece risonha

Saída das sombras dos sonhos

Para beijar o dia de sol.

É ela,

Se aproxima

Um traço doce

É sua marca.



A brisa da tormenta

Aparece

Deslizando...

Deslizando...

Leva-a.

Simultaneamente

Traços fortes...

Cada vez mais fortes...

Cantam fatídicos

À volta...

Ao frio...

Ao borrão negro.





12/09/1970








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