domingo, 1 de dezembro de 2013

PENSAR OU NÃO PENSAR... POUCO IMPORTA.

PENSAR OU NÃO PENSAR... POUCO IMPORTA!


Nos anos cinqüenta o Brasil era um País predominantemente agrícola, portanto de consumo restrito mesmo nas classes mais altas, havia uma noção de não desperdício e não se gastava e não se consumia o desnecessário por cultura e por não ter oferta. Não havia miséria já que a agricultura da época ocupava muita mão de obra e quem se arriscava nas cidades tinha condições de se manter. Não havia criminalidade, poucos casos me vêm à lembrança. O que existia ocasionalmente eram o estelionato e batedores de carteira. Refiro-me a que vi em São Paulo.
A escola era prestigiada, os professores respeitados, convidados para todas as atividades cívicas do local junto ao Prefeito, o Padre, o Delegado e o Médico. O curso era puxado e se não soubesse não se passava.  As matérias eram diversificadas: Musica, desenho, trabalhos manuais, latim, Frances no Ginásio e no Colegial era acrescido de Espanhol e filosofia.
Com a Industrialização que teve inicio principalmente com a Indústria Automobilística a meta do ensino passou a ser preparar profissionais para a nova atividade. Começou o êxodo rural para suprir a mão de obra escassa, com pessoal de zona agrícola com baixa ou nenhuma escolaridade do próprio estado ou dos demais da federação.
Juntamente iniciou uma mudança na grade curricular, a indústria e comercio nascentes necessitavam de pessoas para trabalhos subalternos cuja condição básica era falar bem, não errar em contas e saber datilografia. Desta maneira foi dada ênfase ao Português e a Matemática. De línguas foi conservado o Inglês apenas, pois o foco foi desviado ao País do Norte, anteriormente nossa referencia era a França. A carga das demais matérias que podiam propiciar uma cultura geral foi começando a ser desvalorizada e assim diminuindo.
As escolas Técnicas se abriram como Universo paralelo a ponto do Bandeirantes uma das escolas mais prestigiadas até hoje, abrir na época ensino técnicas. [Não sei se ainda é mantido].
Este fato relegou a Instrução básica a um segundo plano, o que se fez acompanhar do prestígio do Professor, do salário e o mais importante do simbolismo que representava.
Hoje se formam operários desde a base até o ensino Superior. Quem quiser progredir que faça uma pós-graduação.  A escola prepara para o trabalho: não para pensar e nem para competir em um nível mais elevado.
Infelizmente tivemos uma regressão.

Tony-poeta


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