sábado, 14 de junho de 2014

Uruguai e Costa Rica, o jogo que assisti.



URUGUAI E COSTA RICA, O JOGO
QUE ASSISTI.


Nas últimas três copas do Mundo estive de plantão, não vi os jogos. Ontem, depois da baixaria, que me agrediu realmente, tirei o som e acompanhei o jogo do Brasil com minhas próprias considerações. Sei muito bem as regras.
Hoje estava solitário em casa, só com meu cão Lacan. A esposa foi ver os netos. A TV da sala que até então não queria pegar estava consertada. A moça que trabalha conosco consertou. Não entendo nada deste aparelho. A Net há duas horas sem sinal, me deixou sem computador.
Fui assistir ao jogo.  Começava as dezesseis horas. Procurei um canal movimentando um botãozinho que indica o que está passando. Na Fox indicou jogo. Nome simpático, já tivemos dois cãezinhos de nome fox. Era ali mesmo.
O apresentador, que obviamente não conheço e não gravei o nome, magro e de certa idade, não teve o sucesso dos apresentadores gordos dos canais badalados. Juntamente com ele havia mais dois companheiros, dele é lógico. Um mais novo e mais gordinho, que poderia ter chance de crescer, o rosto era mais redondo. O outro uma figurinha. Já tinha ouvido falar e visto fotos, o tal de Falcão. Ao vivo parecia que estava se candidatando a ser rei do baile cafona. Já tinha noção da apresentação ridícula do mesmo.
Para completar apresentaram um radialista Uruguaio, normal. Não tirei o som que nem no dia anterior, afinal voz humana para quem está só é reparador.
Iniciou a transmissão com o quadro da Fifa, uma apresentação simpática que terminava focando o estádio. Um prédio novo e imponente. Gostei. Foi quando o Falcão falou:
- No prédio velho tinha uma corrente de vento que refrescava. Agora virou uma sauna. Diante da crítica inusitada acreditei que pelo menos a temperatura dentro e fora deveria ser informada. Não foi. Nem apareceu ninguém suando em bicas.
Ao filmar o público, outra observação, do mesmo comentarista.
- Estão vendo os claros? Não vi nenhum. Continuou, é que os voos de São Paulo e do Rio atrasaram e ficaram lugares vazios.  Não creio que após a epopeia de comprar ingressos alguém vá pegar o avião em cima da hora para ir ao nordeste. Os lugares claros não foram mostrados. O estádio estava lotado.
Ao começar o jogo, na apresentação do juiz, alemão. Nem eles sabiam o nome. Apareceu o Juiz Japonês do jogo do Brasil descaradamente na tela, com os comentários dá suposta mãozinha a nossa seleção. Por não ser interativa a TV o remédio foi ficar quieto.
O jogo começou. Logo notei a técnica. Os dois times resolveram jogar no contra-ataque. A bola ia do campo de um time para o campo do outro e era devolvida. O meio campo os separava. Após quinze minutos, já estava considerando o jogo de xadrez mais emocionante que o futebol.
Num dos raros lances de bola parada o jogador Uruguaio foi bloqueado com a mão dentro da área, nem caiu. O árbitro marcou Pênalti.  Os adversários reclamaram. Tudo igual ao jogo do Brasil, parece que era orientação da arbitragem para este tipo de lance. Nossos comentaristas unanimes afirmaram ter havido a falta.
Bem chutada, gol.
Segundo tempo, Costa Rica deu três ou quatro passos além da linha divisória e continuaram jogando vôlei. Num cruzamento. Gol de empate. Os comentaristas falaram de azar do Uruguai, estavam torcendo para o time azul.
Pouco depois, com a mesma ladainha, cruzamento e gol. Nem drible, nem passe, apenas bola longa, o Uruguai estava perdendo. Tenho certeza que o jogo de damas é emocionante.
Os comentaristas não se conformavam. O técnico fazia substituições que não agradavam os entendidos, que falavam que o jogador contundido que não pode jogar ia fazer a partida ficar diferente, eu tentava entender a mágica de um homem só.
O Uruguai atravessou o meio do campo. Deu dois ou três chutes e tomou um contra ataque e três a um. Desolação nos comentaristas.
Daí o jogo foi as cordas, isto é, o atacante de nome inglês da Costa Rica ficou perto da linha do corner inimigo e chutava a bola no zagueiro de nome português, o Pereira. A bola saia e o lance se repetia. Após cinco minutos e lances repetidos o Pereira chutou a canela do inglês. Parecia que ia formar a briga latina do futebol; lembrei os velhos tempos.
Frustração. A turma do deixa disto estava eficiente. O Pereira foi expulso e o Inglês foi para o outro lado, sendo substituído por um nome latino, mesmo. E, o jogo acabou. Acho o jogo de damas de enorme emoção.

Tony-poeta
14/06/14

         

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