O cavalo marrom
viçoso e imponente dominava o cercado. Aliás naquele momento estaria só, caso duas
pequenas garças não lhe fizessem companhia. Aqui no litoral uma espécie pequena
de garças, apelidadas de garcinhas substitui as famílias da Anu que costumam
acompanhar bois e cavalos.
Estas aves auxiliam
os animais comendo a iguaria: carrapatos, que habitam seu costado inacessível. Para
elas este delicioso prato deve se igualar ao scargot francês, já que é difícil
ver um cavalo ou um boi desacompanhado.
Ao primeiro olhar as
duas primeiras aves encontravam-se ao solo fazendo o antepasto, ou seja,
comendo os incautos insetos que fugiam quando a grama era arrancada pelo nosso
inquieto morador.
Pouco depois, uma
das garças foi embora sem escalar o dorso do animal; o que foi feito pela outra
que ficou no costado do cavalo olhando o nada.
Não demorou e a
garcinha voltou ao solo, onde ficou por alguns beliscos de insetos, a seguir
alçou voo e foi embora.
O cavalo marrom não
se abalou pela solidão, sentia-se importante, afinal tinha acabado de tomar
banho.
26/07/14
Tony-poeta.
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