Eu
vi! A gestante
conversava.
Eu vi! Dentro de uma padaria, uma gestante: só alegria! Sua boca
sorria e a todos cumprimentava, seus olhos claros também sorriam, numa conversa
gostosa com o ser que iria nascer.
Se movimentava, enquanto a boca falava, os olhos serenos mostravam
a criança o mundo que ia encontrar e que compartilharia. Por certo o nenê também
falava, perguntava, argumentava, e embevecia o olhar da mãe que se preparava,
mas já estava a sonhar.
Os gestos se sucediam, mas os olhos sempre sorriam tentando
mostrar o lugar, onde o ser que ela possuía iria conviver num mundo bom, que
por certo o acolheria.
Nesta mensagem de sonhos, de esperança e poesia, quando a boca
falava, por dentro ela mostrava o mundo que o esperava, quem sabe na conversa
secreta, de mãe-filho, outra língua, era dado o tempero que alimentaria a vida
do pequeno companheiro, que logo correndo e fazendo artes ela cuidaria?
Eu vi! A gestante quase mãe, sem nenhum breve vacilar, sorrir
com seus lábios, falar doce e conversar com olhar com o nenê que esperava e, numa
mensagem forte, mensagem de mãe serena, tentava sorrindo domar o mundo que ia
acolher seu filho.
15/06/15
Tony-poeta
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