sábado, 15 de junho de 2013

PÍLULA DA FELICIDADE



 

PÍLULA DA FELICIDADE



Na Grécia Socrática foi longamente discutida a noção de ética. Os filósofos concluíram que ética seria a procura do Bem, ou seja, da Felicidade.  Nestes anos 600 a.C. longos diálogos e discussões foram feitas objetivando a formula de encontro deste estado de espirito.
Como se sabe, na Grécia daqueles tempos todas as discussões referiam-se a Cidadãos Gregos, uma camada social composta pelos homens livres; não se contavam escravos, mulheres, crianças e metecos. [estrangeiros que residiam na cidade-estado]. Talvez a procura da felicidade deve-se a Atenas estar em crise, governada por um tirano [homem injusto e cruel], sendo que nesta época Sócrates foi executado, Platão tentou por duas vezes implantar sua Republica na Cecilia, onde o Tirano Dionizio pela primeira vez e seu filho na segunda tentativa do filosofo quase o mandaram a morte e, Aristóteles foi educar Alexandre, que conquistou o mundo pelas armas e sangue.
Interessante notar que além da República de Platão, outras obras vieram a ser escritas com o mesmo título a posteriori, principalmente pelos estoicos.
A história andou, os Impérios se sucederam e desmoronaram, a escravidão persistiu até pouco tempo, e foi abolida por lei, as mulheres entraram no mercado de trabalho e exigiram seu lugar e tanto a ética, como o objetivo maior desta o bem ou a felicidade continuou hipotético.
No final dos anos 70, um laboratório criou a pílula da felicidade, resolveria este problema filosófico tão difícil. Era o Prozac. Foi um fenômeno de vendas, toneladas de comprimidos foram consumidas no mundo todo. O medicamento persistiu e há alguns anos estava comemorando seu um quarto de século, com pompas.
O mundo aparentemente continuava igual, o humano tentando enganar o outro humano, agora potencializado na sua representação dos dois gêneros. A Ética continuava rara, a natureza destruída e a malandragem atingindo vários continentes simultaneamente; uma fraude na loteria esportiva da Europa foi efetuada com participação de estelionatários modificando os resultados dos jogos em todo o mundo simultaneamente. As guerras continuavam. Eticamente não demonstrou nenhuma eficácia. Os estrangeiros continuaram estrangeiros, com xenofobia em alguns países.
Pode ser que a felicidade, a chamada de publicidade da pílula tenha sido atingida. Eu, particularmente perguntei a uma porção de senhoras com mais de cinquenta anos, que por todo este tempo tomaram religiosamente a tal pílula:
- Você é feliz?
Não encontrei nenhuma.
Parece que nosso problema filosófico, agora acrescentado o aspecto médico continua.
Creio que felicidade é um objetivo individual e ética é uma questão de ter um comportamento coerente com a sociedade que o individuo vive. Pílulas não resolvem.

16/06/13
Tony-poeta




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