PATUÁ
Quero um cata-vento
Para agarrar meu tempo
Um tempo que é só meu
E, quando o correr do vento,
Quero o vento aprisionado
Esconder em meu relicário
Dos sonhos que não se viveu.
Se sonhos passam
Como o vento!
Correm no desalento
Passam breves e não são meus,
Quero o vento solitário
No peito do poeta triste
Colado num patuá,
Só meu!
Com o vento em meu pescoço
Quero ao entrar no sono
Poder dizer:
É meu!
20/08/14
Tony-poeta
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