A ORDEM É NÃO POUPAR.
Hoje
chegou um comunicado bancário pelo correio, diminuindo meu limite de cheque
especial. Fiquei preocupado, nunca em toda minha vida mantive minha conta tão
equilibrada, inclusive com alguns trocados para possível emergência. Nunca tinha sido assim em minha vida, sempre
fui descontrolado com dinheiro. Imaginei que pudesse ter esquecido algum
pagamento, coisa não habitual no meu modo de ser, ou que algum aval pudesse não
ter sido pago.
Consultei
outro banco e: ficha limpa sem nenhuma restrição. Fiquei curioso; foi quando
lembrei do livro do Bauman “Capitalismo Parasitário “que estava na lista de
espera para futuras leitura, sempre folheio e leio as orelhas antes de colocar
na fila. Abri o livro, era ele a solução a minha dúvida.
Confesso
que fiquei preocupado ao correr o livro, aliás um livro que recomendo: curto,
com noventa páginas, tipo grande, creio que 14. No livro está bem claro: O
Capital quer que tenhamos dividas e não poupanças.
Começa
discorrendo sobre uma frase de Soros, onde este afirma que o Sistema Financeiro
funciona formando bolhas de consumo, sem nenhuma preocupação se estas estourem;
neste caso os Governos [de todas as Nações] terão que socorrer [com dinheiro do
contribuinte] para pagar os altos funcionários [no caso salafrários agindo de
má fé], bem como os acionistas que não podem ficar sem seu Capital.
O esquema
de ganho e dominação funciona pela dívida. O excesso de ofertas e o descarte
continuo de coisa úteis obriga o cidadão, para se manter socialmente engajado a
entrar em continuas dividas, que mesmo que não pague, não tem importância. Podem
ser renegociadas desde que continue a sustentar o parasitário sistema
financeiro com suas ofertas mágicas, que vendem inutilidades como moda e
favorecem o descarte com prejuízo ao Planeta, coisa que não estão preocupados.
Entendi
então uma propaganda de venda de veículos numa grande empresa, onde afirmavam
que até duas restrições ativas no Serasa, não impedia que se adquirisse seu
novo carro; ou o Banco X, que comprava a sua dívida de outro banco e ainda lhe
adiantava uns trocos para as despesas mais urgentes. O importante é dever para
o sistema.
O País
por sua vez tem que fornecer a mão de obra adequada ao capital e ampara-lo
quando necessário, sempre sob sua tutela. O Banco Central independente, na
verdade é independente do governo, isto é: do povo. A taxa de juros, a Selic, é
pressionada pelos banqueiros e por seus representantes [onde estes investem em
propaganda], isto é a imprensa. Este fato torna compreensível a inconformidade
do ex-vice-presidente José de Alencar, que não se conformava com as decisões da
entidade.
Reafirmo
que recomendo o livro, afinal vi que estava errado. Como posso não ser devedor?
Tinham mesmo que cortar meu crédito pela minha insubmissão e, certamente brigar
com este governo que quer ser independente. Leiam o livro.
Tony-poeta
18/08/2014
Excelente texto!! Já estou compartilhando pela Internet!!
ResponderExcluirValeu amigo! Um grande abraço
Excluir