INSTINTO
HUMANO.
Nos livros sobre origem da
religiosidade dos povos, me chamou atenção a Teoria da Criação do Homem na
antiga China. Ao invés de deus fazer um único homem de barro, como é a crença
Ocidental, no Oriente acreditavam que deus havia feito dois seres: um de barro
amarelo, que seria a nobreza, outro de barro preto que seria o povo e os
escravos.
Há aproximadamente quatro mil anos
os Orientais já dividiam os humanos em classes.
A divisão vertical, característica da divisão de classes, é encontrada em toda natureza
nos animais que se agrupam em sociedades, sendo marcante nos mamíferos. Sempre
é rígida, com cada categoria se acomodando e se subdividindo de modo que, nunca
haja dois elementos na mesma posição.
Na espécie humana, apesar de
enganosa diferença, esta divisão continua a existir.
A dificuldade de repartir com os
mais necessitados, tão enfatizada na Bíblia Cristã, é encontrada em todos os
povos estudados recentemente pela antropologia. Existe uma constante que
vemos na nossa imprensa hoje, tanto no abrigo aos refugiados de guerra, como
nos programas sociais dos diversos governos, sempre motivo de polemicas,
demonstrando uma clara divisão e não aceitação pelas classes que se colocam em
patamares superiores.
As guerras territoriais, por outro
lado, que motivam o êxodo destas populações famintas é vista em todas
sociedades de predadores, incluindo insetos, com a destruição física do local e
migração de famintos apátridas. Também a temos na humanidade, basta lembrar dos
livros de história onde vemos que, após um exército derrotar um povo, a seguir
o mesmo salga a terra para destruição total da população.
Nós humanos acreditamos que somos
o centro do Universo há muito tempo, fruto de nosso arraigado etnocentrismo e,
sendo assim, só temos instintos ao nascer e ao mamar, após isto chega a ser
sacrilégio falar de instinto humano, já que não se enquadra na classificação da
moderna etologia.
Pessoalmente não concordo com a
afirmação, os instintos se aprimoram, evoluem junto com as civilizações e o que
vemos nos pequenos e muito breves exemplos citados, não passam de ações
instintivas em evolução.
Se quisermos resolver os problemas
dos estupros, criminalidade e guerras temos que considerar este aspecto animal
altamente presente em nós mesmos, caso contrário nunca teremos uma solução
plena a nossos problemas.
Uma vez conhecida nossa parte
instintiva, poderemos ter material capaz de trabalhá-la e encontrar meios de
atenuar os problemas apresentados, senão estaremos esmurrando no escuro e
corrigindo efeitos, após o estrago já ter sido realizado.
Falta um estudo aprofundado na
questão do Instinto Humano, sendo o mesmo vital para o aprimoramento social.
18/09/15
Tony-poeta
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