Resolvi.
Vou ser candidato nas próximas eleições. Vou escolher a cidade, serei vereador.
Tudo está
pronto e conto com seu apoio.
Ontem,
assisti o programa humorístico do Congresso, entre as inúmeras piadas, orações
e elogios as famílias uma ideia começou a martelar na minha mente. Bateu forte,
insistiu e me convenceu que tinha que entrar para a política, apesar de minha
relutância de toda uma vida.
Certo
humorista votante falou:
Voto sim,
pelos apelos das redes sociais. Não lembro o nome de meu inspirador. Fico em
eterna dívida, sem dúvidas!
Sempre
pensei que ser político, além das reuniões em plenário, demandava uma obrigação
de conversar com o eleitorado, verificar em loco os problemas, tomar pinga na
casa do Seu Mané e chafé na casa da Dona Maria. Naquela hora vi que tudo era
passado. Além das cansativas reuniões na Câmara, bastava um computador.
A campanha,
não precisava de financiamento. Um
computador, dois tubos de tinta de impressora, cerca de R$ 130,00 reais e um
bloco de papel em oferta a R$ 17,70 era o suficiente.
O artista
sobra na vizinhança, qualquer moleque consegue fazer uma cédula, do tipo das
antigas, para ser distribuída pelos conhecidos.
Com o
vasto material em mãos e um belo sorriso há cada quatro anos tudo está pronto.
Depois basta
sentar no computador, onde pelo endereço fornecido pelo material de propaganda
informará as demandas, necessidades, nomes de rua de quem tem que ser
homenageado e assim por diante, fornecendo um voto seguro e de agrado total da
população.
O salário
compensa. Já comprei a tinta e o papel e pedi para o Seu Bastião encontrar o
artista. Só falta saber a cidade. Vamos que vamos....
18/04/16
Tony-poeta
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