180
Quando cruzam fantasias e palavras,
Faz-se pausa no pensar
E desperta o sonhar
181
Chuva no telhado
Pingos a dedilhar
Doce canção de ninar.
182
A noite foi feita
Para repensar o dia.
Que o amanhã seja alegre.
183
A noite está cansada
Esperava-me e, cheguei atrasado,
Ficou até irritada,
Resolveu me dar castigo
Mandou-me deitar.
184
Os olhos estão pesados
É hora de buscar nos sonhos
O que não se achou no dia.
185
Nas noites de chuva
Sonhos:
- Que nem os aviões,
Bailam no céu estrelado
Por sobre as nuvens.
186
Pode ser que a noite traga
Vampiros e fantasmas.
Não tem importância,
Meus sonhos são nas estrelas.
187
Quando os olhos criam areia,
Marejam sem querer chorar
É sinal que o senhor dos sonhos
Quer a jornada comandar.
188
Vento sopra o baixo tuba
Veneziana dá o compasso
Relaxo no camarote dos sonhos.
189
A lua lumia de prata meu quarto
Parece a lua de Catulo.
Aproveitando, a melodia,
Toca em minha mente,
Vou dormir
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