domingo, 27 de novembro de 2011

SOMBRA






És sombra

Habitante do passado-presente

Do futuro ausente

Da luz de ontem

Do negro de agora

Da ausência o amanhã.



És três tempos:

Um ontem que sorriu

Um hoje que chora

Um amanhã

Onde não existirás.



Ah! Sombra de agora,

Vives

Ou és apenas fantasma?

Ris?

Choras?

Que és?

Qual sentimento reside no teu não ser?



Será que corres

Nos prados

Nas ondas

Nas nuvens

Ou és estática?



Te encontras em algum ponto?

Lindo...

Feio...

Tanto faz...



Ao fim de tudo

Sombra

Apenas isso és.

Não passas de um passado

Que foi doce

Mas o presente

Não o acompanhou.





29/03/1971












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