sexta-feira, 30 de março de 2012

O FACEBOOK E O CELULAR


O FACEBOOK E O CELULAR






O casal conversava na sala via facebook. Era uma piada. Lembrei-me que numa organização comercial o presidente falava com a secretária ao lado por e-mail. Dizia que era para ficar registrado. Tudo bem. Estava eu em um computador e Ana no outro. Só o Lacan, nosso cachorrinho tinha que se comunicar por latidos e lambidas. Coisas da vida.

Como estou passando minha pasta azul para meu blog, realmente o tempo de conexão é longo, mas será assim com todo mundo?

Fui a Super mercado após esta constatação. Comprei o proposto e como tenho mais de sessenta fui ao caixa de idosos que deve ser mais rápido. O estabelecimento estava muito quente, o ar condicionado desligado, provavelmente por economia. Até o saquinho de plástico que é fornecido com moedinhas para troco, as caixas têm que devolver. Frances é econômico. 

Na minha frente estava uma senhora, de aparência humilde com uma pequena comprinha. Arrumei minhas compras, também pequena, na esteira rolante, que estava quebrada, pensei:- Passo logo e continuo o que estou escrevendo.

Falsa esperança. Da pequena carteira a senhora tirou uma folha de caderno amassada, cheia de números e começou: - Este é TIM. Põe doze reais

- Digita o número, falou a caixa.

- Errei

- Digita de novo.

A caixa estava suada e reparei que estava grávida de uns seis meses. Sua feição era de poucos amigos. E na minha ansiosa espera para ir ao computador, na expressão irritada da caixa, a velha senhora colocou créditos para o marido, os filhos e até para netos se tiver. Acho que como o Lacan, só o cachorro ficou esquecido. Foram doze créditos de doze reais.

Dia seguinte, indo para o trabalho, num cruzamento, uma moça de capacete rosa e moto amarela, dirigia e mandava torpedo, ao mesmo tempo, em minha frente. Realmente um grande malabarismo. Não caiu da motinha.

Mais tarde, já atendendo, entrou uma senhora para pedir exames para três filhos que a acompanhavam. Um dos filhos entrou falando ao celular, que pedi que desligasse e curioso indaguei: - Quantos celulares têm na casa?

- O filho de 14 tem um, o de dezesseis tem um, este que entrou na faculdade tem dois, eu tenho um e meu marido tem três.

- E aparelho fixo tem quantos? Perguntei.

- Ah! Este, só temos um.

Como a vantagem do celular estava nítida em relação à FACE na minha pesquisa, cheguei em casa. Na cozinha, sobre a bancada tinha dois celulares, da moça que nos ajudava. Perguntei:

- Você tem dois celulares.

- Sim, mas um tem duas linhas; mas como acabaram os créditos do de uma linha só, peguei o de meu marido que tem mais duas linhas. Hoje tenho quatro linhas.

- E ele, seu marido, ficou sem?

- Não ele tem outro.

O celular levava, nestas alturas uma vantagem enorme sobre o computador. Entrei na pagina de recados e, num de meus contatos encontrei:

- Bosta, retido no 5400 para Santo Amaro há meia hora. Está chovendo.

Realmente, depois de tão importante informação sobre o ônibus, cheguei à conclusão que o celular ganhou.





30/03/12

www.tony-poeta.blogspot.com








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