sexta-feira, 10 de agosto de 2012

ALVORADA DE UM BOEMIO


ALVORADA DE UM BOÊMIO.


A noite está morrendo.
Desce a lua enterrada
Com séquito de estrelas...
Baila o funeral!
Bate luz. O sol exala
Seu canto matinal.

Segue a lua seu cortejo,
Corre o sol substituindo.

Desce o homem
Nas calçadas.
Que estrela ele será?
Está a lua seguindo,
Não quer ver
Não verá?...

Bate o sol com seus raios
Do funeral é o final.
E o homem segue rápido,
Fugindo!
Caminha na rota das ruas.

Para o homem na calçada...
Olha o céu...
O séquito sumiu.
Que é da lua?

Olha bem...
O sol surgiu.
Nasce uma nova alvorada
Novo sol
Novo cantar.

Ele bobo
Não diz nada.
Toma seu rumo
Vai deitar.


12/11/1971
www.tony-poeta.blogspot.com

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