sábado, 1 de setembro de 2012

PIERROT pensando bobagens


PIERROT

PENSANDO BOBAGENS


Muita – hoje é sábado


 

 

Compartilharam em minha linha do tempo um lindo poema de Manoel Bandeira: Pierrot. Concluindo que nada sabia sobre o personagem, a não ser alguns sambas e marchinhas fui consultar o Santo Google.

Para minha surpresa, as referências eram escassas. Em resumo: Personagem de uma peça de mimica. Ingênuo e apaixonado que acreditava piamente nos outros e, levou um chifre da Colombina com o Arlequim.

O que realmente chamou minha atenção foi a antiguidade do personagem. Em Bakken na Dinamarca, encontra-se o parque mais velho do mundo e, lá tem uma estatua do Pierroj. Trata-se de um personagem de quatro mil anos, da Ásia Menor, onde fica a Turquia. Portanto Otomano. Tem a boca é grande, pois a rasgavam para ampliá-la. Com certeza para amedrontar os inimigos, como os Botocudos no nosso lado que aumentavam os lábios. Cada um assusta como pode.

Observando melhor a história de Pierrô, lembrei-me do meu chara Antônio.  Dispensado pela Arlete, passou a noite se lamuriando no boteco. No principio era cinco amigos, a seguir cada um se mandou de fininho e, passei a noite escutando as lamurias deste pierrô moderno.

Como creio que a humanidade apenas muda os objetos e não os hábitos, este se tiverem alguma alteração é muito lento, fiquei a imaginar a Turquia de 4000 anos. Onde se reuniam?

Não é na laje como hoje. Hoje é um problema de saúde pública, deu nos jornais. Com é muito quente e não fazem telhado, o hábito é fazer sexo na laje à luz da lua. Muito romântico. Só que é comum os casais despencarem e, se não ficarem internados nos hospitais locais, vão direto ao cemitério. Como Freud já citou estas lajes em inicio de 1900, está num dos livros, a origem das lajes e seus churrascos devem ter se originados lá. Isto como todos sabem originou as caras coberturas, onde além da piscina tem a churrasqueira. O sexo fica mais reservado. Como na Ásia Menor.

O berço dos botecos deve ser lá também. Era onde Pierro chorava.

De inicio ele devia se revoltar com a Colombina, como o Antônio: - Dei de tudo, todo meu amor e, esta me colocou um par de cornos.

A seguir começa a imaginar: Vou ficar rico, comprar uma BMW [na época devia ser um burrico] comprar uma casa nos jardins, [tinha casa de rico na época, com certeza] e, ela virá correndo a meus braços.

Vendo que a ideia é inviável, resolve fazer um ato heroico que o destaque na sociedade.  Na época era guerrear com os Persas, uma temeridade, logo muda de ideia.

Por fim pensa em morrer. Mas morrer vivo: quer que ela esteja chorando no enterro e ele do caixão assista o sofrimento que impõe a pobre Colombina que o traiu. [Ninguém consegue imaginar a própria morte, li num livro, por falta de experiência]

No caso do meu xará, ele pediu mais um uísque e o Jair falou: - Tua conta esta muito alta. Amanhã você paga e toma outro.

Antônio, bêbado experiente, falou:- Põe na conta do Arlequim.

-Ele deixou? Perguntou o dono do estabelecimento.

- Claro. Foi servido, tomou em um só gole e saiu cambaleante batendo a ponta dos pés no calcanhar e amparando-se nos poste. 

E no caminho falava:- Estou vingado. Ele vai ficar puto na hora que passar e ver a conta.

Tenho que verificar melhor onde começou a pindura.

Mas a história do Pierrot tem 4.000 anos com certeza, e a do boteco também, antecedendo a laje.

Boa noite.

Tony-poeta

01/09/12

 

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário