terça-feira, 3 de abril de 2012

É VIRUS DELETE


É VIRUS... DELETE...





Chegou via e-mail... Vi seu perfil na Net e quero conhecer...

O português é de quem não fala a língua, com erros de masculino e feminino nas frases.

É vírus? Pode ser solidão... Como deve ser difícil alguém solitário, perdido ou nas periferias das cidades, ou em algum canto do mundo, com fome e guerra querer uma voz de consolo.

Como é possível alguém que sem amor e um ombro de consolo, com apenas um aparelho de digitar a sua frente, encaminhar as fantasias a um mundo desconhecido?

Mas não chegamos estranhos ao mundo? Se este amparo próximo não for suficiente, estaremos rodando pelas telas do mundo procurando que nosso e-mail encontre um destinatário. Este rodar chamamos amor.

Sim! Deve ser o amor que motiva o viajante desconhecido que erra a língua e procura desesperado o fantasma se materializar, em sonhos e criar fantasias reais.

Mas, se este amor for falso, traiçoeiro, se apenas quiser aproveitar-se do amor de próximo, para sugá-lo que nem vampiro e desprezar o corpo exangue ao relento, gelando com o vento frio das decepções. Que gênio ruim que sai da lâmpada e ao pedirmos um palácio nos coloca na masmorra ao invés de no quarto nupcial?

Parece que este amor tem o beijo do vampiro, que injeta um vírus mortal em nossas artérias. Sim! Um vírus! É vírus. Deleto o presumido sonho. Adeus fantasma.







03/04/2012

www.tony-poeta.blogspot.com


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