terça-feira, 18 de setembro de 2012

PODEMOS VIRAR MINHOCAS?


Podemos virar minhocas?


 

 

No filme “sete anos no Tibet”, o personagem representado por Brad Pitt tentava construir um cinema por desejo do Dalai Lama, de quem tinha se tornado amigo.  Teve de interromper as escavações por morarem minhocas no local e, o cinema só sairia após todas elas serem removidas a outro lugar protegido. Os Tibetanos acreditavam que as mesmas fossem reencarnação de seus ancestrais, conforme sua religião.

O que chamou atenção foi a importância dada ao episódio pelo diretor. [Não li o livro e não sei se correspondia em paginas]. Sendo algo inusitado, comecei a pensar poeticamente, já que não sei nada de Budismo, reencarnação e muito menos de vida, que ninguém sabe, mas discutem muito.

Raciocinemos. A vida começou no planeta, pelo fato do mesmo apresentar condições de pressão, temperatura, eletromagnetismo e elementos químicos capazes de gerá-la. Pelo menos é isto que a ciência afirma. Juntaram-se quatro amino ácidos e o planeta mineral coberto de agua começou a ter vida orgânica. Formou um sistema fechado.

Esta vida de inicio alimentando-se de minérios, por excreção dos mesmos fez a base orgânica e pode se espalhar; de inicio como um fungo e cobrir TODO o planeta azul; portanto um sistema fechado, de origem única com condições físicas químicas ideais. Em outros planetas, não o nosso, outras condições a vida diferentes se formariam, tanto é que ainda não acharam nenhum vestígio; pois não sabem o que buscar.

Como sistema fechado esta vida ao morrer não deve apagar que nem uma lâmpada, já que tem uma carga de energia, portanto deve ir para algum lugar. Estou seguindo Lavoisier. No meu pensamento poético lembrei-me do Boitatá. Toda vida orgânica, vegetal e animal ao morrer libera uma energia, no caso em forma de luz: o fogo Fátuo, que sai correndo atrás das pessoas. Na verdade as pessoas imaginam que corre.  Deve ser esta energia se liberando do corpo e indo ao espaço.

Se sai e vai para o espaço, vai a algum lugar. Onde? -Não sei. Mas uma possibilidade é que contribua como reforço as novas vidas que se formam. [duvido que os budistas pensem assim, bem com os físicos, mas... uma ideia é uma ideia.]. Esta forma de pensamento lembra o filme Avatar, onde o autor colocou uma árvore fazendo a ligação de toda vida do planeta imaginário.

Assim sendo, é possível que após a morte sejamos aproveitados como capim, jatobá, leão, gato e até minhocas. Para tanto o homem tem que perder a individualidade, ou seja, ser apenas um aglutinado de energia para a conservação da espécie e ao morrer esta energia será dissipada e aproveitada onde for necessário. O Tony poeta após morrer seria apenas a energia que forma outros seres vivos. Em Platão acreditava-se por inteiro, dizia que podia reencarnar como cachorro, está num dos livros como citação.

Portanto, nesta viagem poética podemos sim formar uma minhoca após a morte, desde que percamos a individualidade, coisa muito difícil de compreendermos.

Gostaria que alguém que entenda realmente do Budismo explique este pensamento de como virar minhoca.

 

19/09/12

Tony-poeta

 

 

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