Podemos virar minhocas?
No filme “sete anos no Tibet”, o personagem representado por
Brad Pitt tentava construir um cinema por desejo do Dalai Lama, de quem tinha
se tornado amigo. Teve de interromper as
escavações por morarem minhocas no local e, o cinema só sairia após todas elas
serem removidas a outro lugar protegido. Os Tibetanos acreditavam que as mesmas
fossem reencarnação de seus ancestrais, conforme sua religião.
O que chamou atenção foi a importância dada ao episódio pelo
diretor. [Não li o livro e não sei se correspondia em paginas]. Sendo algo inusitado,
comecei a pensar poeticamente, já que não sei nada de Budismo, reencarnação e
muito menos de vida, que ninguém sabe, mas discutem muito.
Raciocinemos. A vida começou no planeta, pelo fato do mesmo
apresentar condições de pressão, temperatura, eletromagnetismo e elementos químicos
capazes de gerá-la. Pelo menos é isto que a ciência afirma. Juntaram-se quatro
amino ácidos e o planeta mineral coberto de agua começou a ter vida orgânica. Formou
um sistema fechado.
Esta vida de inicio alimentando-se de minérios, por excreção
dos mesmos fez a base orgânica e pode se espalhar; de inicio como um fungo e cobrir
TODO o planeta azul; portanto um sistema fechado, de origem única com condições
físicas químicas ideais. Em outros planetas, não o nosso, outras condições a
vida diferentes se formariam, tanto é que ainda não acharam nenhum vestígio;
pois não sabem o que buscar.
Como sistema fechado esta vida ao morrer não deve apagar que
nem uma lâmpada, já que tem uma carga de energia, portanto deve ir para algum
lugar. Estou seguindo Lavoisier. No meu pensamento poético lembrei-me do
Boitatá. Toda vida orgânica, vegetal e animal ao morrer libera uma energia, no
caso em forma de luz: o fogo Fátuo, que sai correndo atrás das pessoas. Na
verdade as pessoas imaginam que corre.
Deve ser esta energia se liberando do corpo e indo ao espaço.
Se sai e vai para o espaço, vai a algum lugar. Onde? -Não
sei. Mas uma possibilidade é que contribua como reforço as novas vidas que se formam.
[duvido que os budistas pensem assim, bem com os físicos, mas... uma ideia é
uma ideia.]. Esta forma de pensamento lembra o filme Avatar, onde o autor
colocou uma árvore fazendo a ligação de toda vida do planeta imaginário.
Assim sendo, é possível que após a morte sejamos
aproveitados como capim, jatobá, leão, gato e até minhocas. Para tanto o homem
tem que perder a individualidade, ou seja, ser apenas um aglutinado de energia
para a conservação da espécie e ao morrer esta energia será dissipada e
aproveitada onde for necessário. O Tony poeta após morrer seria apenas a energia
que forma outros seres vivos. Em Platão acreditava-se por inteiro, dizia que
podia reencarnar como cachorro, está num dos livros como citação.
Portanto, nesta viagem poética podemos sim formar uma minhoca
após a morte, desde que percamos a individualidade, coisa muito difícil de
compreendermos.
Gostaria que alguém que entenda realmente do Budismo explique
este pensamento de como virar minhoca.
19/09/12
Tony-poeta
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