sábado, 28 de julho de 2012

VAZIO


VAZIO



Vazio,
Inteiramente vazio...
É noite nublada
Sem estrelas.
É bar vazio
Sem mulheres.
É coração vazio
Sem amor.

É noite fria de calor, de vida.
É tudo rude, agreste, selvagem,
Os prédios escuros, os homens xingando,
Os homens bebendo e o bar malcheiroso,
As prostitutas vendendo,
Como objeto
O que é sublime.
[Bem sei que é problema social]
Mas é selvagem e doloroso.
Tudo continua frio,
O conhaque esquenta o sangue
Mas esfria o coração.
E tudo roda... roda...
Rende-se o ego
Toma conta o instinto.
Ficam sublimes as prostitutas
Fica vazia a memória
E fico mais vazio.



28/07/1969

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